“Geração cabeça baixa: uso excessivo de celulares e computadores”

Por: Lucas Vianna Figuêiredo

29/10/2019 - 16:10 - Atualizada em: 29/10/2019 - 17:08

Vivemos uma nova era, a da revolução digital. O desenvolvimento da internet possibilitou um novo mercado, o dos smartphones ou celulares de última geração.

Hoje, no Brasil, cerca de 30 milhões de residências dispõem de um telefone celular para se conectar. E se analisarmos em nossa cidade, quase todos têm um aparelho próprio.

O nosso modo de comunicação, relacionamento e de trabalho tem mudado, junto ao desenvolvimento assustador desta nova tecnologia. Hoje quem não sabe manusear aparelhos eletrônicos fica para trás no quesito profissional, por exemplo.

Por outro lado noto em meus pacientes um uso exagerado destes aparelhos. E isso me preocupa muito como oftalmologista, como médico e ser humano. Motivo pelo qual abordarei, nas próximas semanas, tudo sobre o tema.

Como o celular pode me afetar?

A capacidade de visão nítida para perto ocorre devido a um processo chamado de acomodação, o olho se ajusta dependendo da distância do que desejamos focalizar. Como um zoom de uma câmera fotográfica.

O uso abusivo da visão para perto força muito este processo de acomodação, e gera alterações no processo focalização de imagens com nitidez.

O Japão e Coréia do Sul vivem hoje uma epidemia de miopia causada pelo uso excessivo de celulares, pois estes locais têm um grande desenvolvimento tecnológico e a internet mais rápida do mundo.

Os pacientes (a grande maioria são crianças e jovens) começam a apresentar sintomas como: embaçamento ao olhar para longe, sensação de olho seco, dores de cabeça e lacrimejamento.

Vejo jovens usando computadores durante 8 horas por dia, adultos que não conseguem ficar uma hora sem checar mensagens e pais usando os celulares para acalmar os filhos, ou para ter momentos de menos agitação das crianças.

Estes comportamentos são muito perigosos, e na próxima coluna abordarei as idades indicadas para o uso destes aparelhos eletrônicos e dicas para um uso equilibrado, do ponto de vista médico.

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