“Clareamento dental: o que você precisa saber”

Por: Kellyn Rengel Bertoldi

31/10/2019 - 16:10 - Atualizada em: 31/10/2019 - 16:53

As pesquisas apontam que o povo brasileiro é considerado um dos mais vaidosos do mundo. No ranking de cirurgias plásticas realizadas anualmente, o país disputa a liderança com os Estados Unidos. A busca pela beleza inclui a boca e os dentes, buscando um sorriso mais harmônico, com dentes alinhados e brancos.

O escurecimento dos dentes naturais se deve há diversos fatores, como genéticos; alteração da cor devido ao desgaste do esmalte tornando a dentina mais visível; dentina mais densa o que deixa os dentes mais escuros; consumo de bebidas com corantes, como açaí, café, chimarrão, vinho tinto e outros; cigarro; uso de alguns medicamentos; má higiene entre outros.

Antes de iniciar o clareamento, é preciso estar ciente que as restaurações não serão clareadas, uma vez que o clareador atua somente em dente natural e vital. Em alguns casos temos uma limitação do clareamento, isso porque o esmalte é translúcido e a dentina tem o seu próprio matiz.

Durante o processo de clareamento, a cor do dente não é alterada, mas sim a saturação. Há pacientes nos quais não há significativa alteração no grau de saturação, não obtendo o resultado esperado.

O clareamento nos dentes pode ser feito no consultório e ou em casa. Ambos devem ser feitos com a supervisão de um cirurgião-dentista. No consultório, a manipulação é feita exclusivamente pelo profissional, que utiliza produtos com peróxido de hidrogênio, três vezes mais potente que o peróxido de carbamida (clareamento caseiro), que pode ser feita com ou sem a ativação de luz ou laser.

Nesses casos, a gengiva deve ser isolada, pois o material utilizado pode causar irritações nas mucosas orais. Já no clareamento caseiro, o cirurgião-dentista confecciona uma moldeira personalizada para o paciente, fornece o gel de peróxido de carbamida com a concentração ideal para o caso e monitora a evolução. O manejo e a utilização são realizados em casa.

O clareamento não é indicado em pessoas que estão passando por tratamento médico debilitante, idade inferior a 16 anos e gestantes.

A sensibilidade dentária pode ocorrer e deve ser monitorada. Para evitar esse desconforto, o cirurgião-dentista pode aplicar, um gel dessensibilizante que auxilia na remineralização do esmalte. Orientações durante o clareamento também são realizadas para controlar a sensibilidade.

Desde fevereiro de 2015 existe uma resolução da Anvisa que controla a comercialização de clareadores bucais. Infelizmente essa regra não é seguida e kits de clareamento podem ser encontrados à venda, anunciados muitas vezes por pessoas leigas no assunto, sem saber a procedência e a composição do clareador, colocando a saúde dos usuários em risco.

O uso indiscriminado e sem orientação de profissional pode causar danos irreversíveis. Os problemas vão desde inflamação na gengiva (sangramento) até ulceração, necrose da polpa (morte do nervo dental) e fraturas no dente.

Já um clareamento bem indicado é seguro, com excelente resultado estético, menor sensibilidade e maior longevidade.

Dra. Kellyn Rengel Bertoldi – Credenciada no Sistema LIVA, Cursando especialização em DTM e Dor Orofacial na Universidade Tuiuti – PR. Graduou-se na Universidade Regional de Blumenau, FURB, em 2002. Desde então, está em constante atualização: Curso de Aperfeiçoamento em Oclusão Clínica – Bauru – SP; Capacitação em Human Body Total Care – Regulador Funcional Aragão – SP ; Capacitação em Harmonização Orofacial; Capacitação em Atingindo a Excelência em Resina Composta; Capacitação Odontologia do Sono na IEO – Bauru SP, membro do DSM Brasil (Dental Sleep Medice), Capacitação em Odontologia do Esporte – RS, Credenciada da Biologix (Monitoramento Digital da Apneia do Sono).