As chamadas “batalhas da vida”, quanto mais exigirem de alguém, que isto traga não reclamações e, sim, agradecimentos, pois só é exigido muito de quem tem a capacidade de vencer
A judeus e árabes foram destinados solos improdutivos, quase só de areia, mas aos árabes foi oportunizada uma recompensa sob a forma de subsolo riquíssimo em petróleo. Destes, qual o povo mais desenvolvido, rico e influente no mundo?
A África continua sendo o continente mais pobre do universo, apesar de tantas riquezas minerais, solos férteis e clima ‘amigável’.
Santa Catarina continua entre os estados de maior IDH do Brasil, envolvendo padrão de vida, educação, longevidade e segurança, mesmo com solo bem mais impróprio e uma ‘infinidade a mais’ de montanhas e espaços APP (Áreas de Preservação Permanente) e rios pouco navegáveis, se comparada, por exemplo, com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, seus vizinhos geográficos.
Para tentar explicar diversidades como estas, pode-se recorrer ao chamado “Determinismo Geográfico”, concepção segundo a qual, o meio ambiente define ou influencia fortemente a fisiologia e a psicologia humana, de modo que seria possível explicar a história dos povos em função das relações de causa e efeito que se estabeleceriam na interação natureza/homem!
Esta perspectiva teórico-metodológica, tendo como “pai” o pensador alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), inclui a explicação sobre a “lassidão” (moleza) própria de populações que habitam regiões quentes e úmidas. Também, porque um meio natural mais hostil proporciona um maior nível de desenvolvimento ao exigir um alto grau de organização social para suportar todas as contrariedades impostas pela natureza, caso esse dos povos que habitam regiões onde os invernos são rigorosos, como na Europa, já que isso obriga-os a trabalhar e armazenar comida para atravessar melhor essa estação.
Por falar em Europa, lá no hemisfério norte, as regiões mais desenvolvidas são as mais ao norte (as mais frias), enquanto no Brasil, aqui no hemisfério sul, são – muito embora tenham sido habitadas bem depois – as mais ao sul (as mais frias).
Assimilada toda esta teoria (ou prática?!), parecem oportunas duas provocações deste colunista, com base em pensamentos bem populares: a) será que Deus escolhe gente melhor para habitar regiões mais difíceis? b) será que Deus, em vez de escolher capacitados, apenas capacita os escolhidos?
Levando estas considerações para a vida individual, quer seja no âmbito pessoal, profissonal e social-comunitário, convém destacar que as chamadas “batalhas da vida”, quanto mais exigirem de alguém, que isto traga não reclamações e, sim, agradecimentos, pois só é exigido muito de quem tem a capacidade de vencer. Ou seja, pode-se piamente acreditar que toda dificuldade sempre tem uma magnitude que a pessoa, vitima dela, pode suportar ou superar.
Aqui vale citar Antônio Ermírio de Moraes: “não criei meus filhos com ar-condicionado no verão e calefação no inverno, para que não se acostumem ao luxo fácil e à vida mansa. O melhor que posso deixar para eles é educação e apego ao trabalho. Ganhar sem trabalhar pode ser bom para o bolso, mas é péssimo para o caráter”.
Enfim, em linguagem bem direta, cite-se uma velha máxima, segundo a qual “Deus dá o frio conforme o cobertor”!
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Emílio Da Silva Neto
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