“Crises e pandemias ‘imunizam’ vencedores”

Por: Emílio Da Silva Neto

16/10/2020 - 04:10 - Atualizada em: 16/10/2020 - 13:47

Não existe modelo certo ou errado de gestão. O melhor é aquele que propicia resultados positivos para a empresa e que a imunize frente às crises de toda ordem e amplitude.

Uma das condições básicas é ela estar com seus instrumentos de gestão afinados, garantindo vantagens competitivas, principalmente quando em crises de natureza pandêmica (ou pior… “pandemoníacas”, aquelas criadas pela mídia).

Pandemia é termo usado para doenças que rapidamente se espalham por diversas regiões, mediante contaminação sustentada. Neste quesito, a gravidade da doença não é o determinante e sim o seu poder de contágio e sua proliferação geográfica.

Vale destacar que “pandemia” não é palavra para ser usada à toa ou sem cuidado. Usada incorretamente pode causar pânico (um medo irracional ou uma noção injustificada) de que não vale mais lutar, levando ao sofrimento e mortes desnecessários.

Enquanto para empreendedores o sucesso é a cereja do bolo para seu esforço e determinação, parece que, para a maioria dos jornalistas, é a crise e todas suas consequências, a êxtase para o seu âmago. Afinal, “notícia ruim é que vende”.

Crises, nacionais ou globais, ao longo da história, geraram pânico, que, por sua vez, criaram turbulências e rupturas. Assim, a cada novo fenômeno de desajuste, entender as suas origens, anatomia e consequências pode prevenir novas rupturas. Algo importante considerando que o tempo entre cada um está cada vez menor.

Esta análise holística deve sempre incluir dois fatores importantes: a psicologia (a importância do comportamento psicológico dos envolvidos em oposição à premissa de racionalidade) e o papel da mídia (na propagação de bolhas e pânicos).

Lembrando Albert Einstein:“não podemos solucionar nossos problemas com o mesmo pensamento que utilizamos quando os criamos”. Pouco adianta uma empresa, dotada de ferramentas modernas, informações online e dados de mercado atualizados, se não os utilizar para gerir mudanças frente às crises.

Para isso, os instrumentos utilizados devem permitir conclusões assertivas, com a equipe suficientemente crítica para desenhar possíveis cenários diversos seguintes e, mediante um pensamento analítico, usar e criar ferramentas que suportem as decisões.

Enfim, tirando proveito do conhecimento trazido por crises (econômicas, epidemiológicas ou de credibilidade), as empresas devem continuar entregando eficiência e eficácia, num círculo virtuoso de melhoria contínua, considerando o aspecto humano (envolvimento, motivação e comprometimento) como fundamental para a superação.

É nestes momentos instáveis, que este foco em pessoas adquire ainda maior importância, pois o óbvio aparece de forma mais clara: sem pessoas não há processos, clientes e nem empresas.

Na crise trazida pela Covid-19, muitas empresas estão vivendo – conforme termo do Fórum Econômico Mundial – um ‘great reset’ (grande reinicialização), sob o trio resistência-resiliência-reinvenção.

Isto porque não só questões clínicas foram envolvidas, mas, predominantemente manipulações sociológicas e políticas, provocando mudanças disruptivas nos âmbitos sociais, ambientais e econômicos.

Felizmente, grandes legados têm sido as demonstrações de respeito e solidariedade, o convívio familiar e a conscientização sobre hábitos de higiene.

Como estes comportamentos sociais refletirão no ambiente profissional, só o tempo dirá, principalmente, porque, segundo Peter Drucker … “nenhuma empresa é mais que o que seu empreendedor permite”.

Foto divulgação | Emílio da Silva Neto

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Emílio da Silva Neto

Dr. Eng., Industrial, Consultor, Conselheiro, Palestrante, Professor (*) Sócio da ‘3S Consultoria Empresarial Familiar’ (especializada em Processo Decisório Colegiado, Governança, Sucessão, Compartilhamento do Conhecimento e Constituição de Conselhos Consultivos e de Família). Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento.

Curriculum Vitae: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4496236H3
Tese de Doutorado: http://btd.egc.ufsc.br/wp-content/uploads/2016/08/Em%C3%ADlio-da-Silva.pdf
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