A massificação dos carros e motocicletas, em detrimento a modais sustentáveis de mobilidade urbana, ainda é um inadequado padrão nacional.
A urbanização nos impôs a pressa, e esta, a velocidade de locomoção. Com isso, nos tornamos reféns dos veículos, essas máquinas de mutilar e matar, cada vez mais confortáveis, inteligentes e velozes.
Nos aproximamos do que poderíamos chamar de ‘colapso paradoxal’, ou seja, quanto mais velozes se tornam os veículos, mais vagarosamente nos locomovemos. Quanto mais seguros e inteligentes, mais vítimas são geradas. Se isso não bastasse, a capacidade estrutural urbana nunca crescerá na mesma velocidade de produção de veículos.
Jaraguá do Sul, com um dos maiores índices de veículo per capita, não foge em nada dessa realidade. O município possui uma frota de mais de 126 mil veículos, com média de 300 veículos novos sendo emplacados mensalmente.
Somadas a estas variáveis, temos a educação, conscientização e tolerância dos usuários, se mostrando inversamente proporcionais ao crescimento da frota. O produto desta equação é um modelo insustentável, com elevados índices de acidentes, mortes e custos sociais de toda ordem.
Por conseguinte, nos classificamos como uma cidade nada segura no tocante ao trânsito. Este preocupante status, tem instigado uma força tarefa envolvendo a Secretaria de Planejamento e Urbanismo, Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros Voluntários, Acijs, hospitais Jaraguá e São José, Câmara de Vereadores e secretarias municipais da Administração e de Saúde, com o propósito de pensar e adotar políticas e estratégias capazes de solucionar ou minimizar este problema. É uma missão urgente que requer empenho e conscientização de toda a sociedade.