Em que pese a utopia, se o modelo de Santa Catarina fosse replicado para o Brasil, seríamos um país de primeiro mundo. Estaríamos no futuro que até hoje nunca chegou. Ocorre que o projeto Brasil já completou cinco séculos de incubação.
Permanecemos confinados na incubadora interclassista, estancados por duas forças antagônicas: uma de natureza socioeconômica, tentando promover nossa emancipação para uma sociedade do conhecimento, e outra de natureza sociopolítica, fazendo pressão contraria, como forma de blindagem do poder corporativista.
Diante desta dicotomia que nos mantém letárgicos enquanto país, certas regiões se tornam pontos fora da curva. Santa Catarina é uma destas referências. Diversos indicadores de caráter político, econômico e social comprovam isso. Nos destacamos como modelo de estado mínimo e eficiente, com forças aglutinadoras, entre elas o associativismo e o cooperativismo, sustentadas na vocação empreendedora.
Somos um estado autossustentável que muito contribui e pouco depende da União. Nos apropriamos de apenas um exemplo para comprovar essa assertiva: os percentuais de domicílios catarinenses que recebem rendimentos provenientes de programas sociais, como Bolsa Família/Auxílio Brasil e o Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC/LOAS) continuam sendo os menores entre as Unidades da Federação. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram isso. Portanto, é preciso repensar o Brasil para que o futuro possa ser de todos.
