Preservar a memória histórica é manter a cidade viva

Por: Editorial

04/05/2021 - 05:05

Por Nelson Luiz Pereira_integrante do conselho editorial do OCP

 

Registros históricos nos dizem que a colossal obra do Canal de Suez, inaugurada em 17 de novembro de 1869, interligou, por caminho marítimo, a África, a Europa e a Asia. Em contrapartida separou duas nações, Egito e Israel.

Se, por um lado, as distâncias via marítima, entre europeus e indianos, reduziram em aproximadamente 7.000 quilômetros, por outro, a distância de relações entre egípcios e israelenses, provocada por conflitos, aumentou sobremaneira.

O histórico conflito repercutiu no mundo inteiro, motivando a intervenção da Primeira Força de Emergência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre 1957 e 1967, o Brasil enviou cerca de 600 soldados ao Oriente Médio para integrar a força de paz. Nossa Jaraguá do Sul não ficou de fora dessa missão, cuja memória está materializada no significativo Monumento do Suez localizado na Avenida Getúlio Vargas, próximo à antiga Estação Ferroviária e ao Mercado Municipal.

Certamente, muitos que por ali passam, não se dão conta do significado e importância daquela obra. Ela mantém viva uma passagem importante da história de nossa cidade, reconhecendo e enaltecendo a brava participação voluntária de 20 soldados jaraguaenses, naquela histórica missão que contribuiu para o desenvolvimento do mundo.

Nomes estes, dignos de gratidão e registro: Alcido Thiem; Ataliba Eleuterio; Avelino Alberton; Elias Luis Dias; Gerhard Ender; Hartwig Hackbarth; Henrique Reimer; João Lima de Araújo; João Soares; José Fernando Pradi; José Garcia; José Nicoletti; Luis Fusile; Mario Marinho Rubini; Orival Vergini; Pedro de Araújo; Rolf Marquardt; Valdemiro Bayer; Valdemiro Mohr Wilfred Muller e Wilson Antônio Rebelo.