Por Nelson Luiz Pereira_conselheiro editorial do OCP
Garantir legitimidade e representatividade, são preceitos fundamentais de um pleito eleitoral. A crise pandêmica, intensificada por uma segunda onda, não impediu a sustentação de um importante pressuposto constitucional retratado em seu Artigo 1º, Parágrafo único: “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes”.
Jaraguá já conhece seus representantes dos poderes Executivo e Legislativo. O processo eleitoral transcorreu dentro do que se espera da democracia e de um povo civilizado.
Os números dão conta de que a consciência sobre a importância do voto não foi abalada. O volume de votos em branco e nulos, foi inferior à eleição de 2016. Por outro lado, o índice de abstenção cresceu, provocado, substancialmente, pela pandemia. Outro dado importante, verificado neste pleito, diz respeito à motivação, ou, orientação do voto.
A quase totalidade dos que exerceram o direito do voto, fizeram orientando-se na pessoa do candidato e não no partido. Uma autêntica demonstração de que o eleitor está se politizando e aprimorando seu senso crítico com relação a política e sua importância para o bem estar de uma sociedade.
Uma vez escolhidos democraticamente os representantes, resta agora, por parte destes honrar cada voto de confiança recebido. Em contrapartida, a escolha de cada cidadão não se encerra no candidato eleito ou no partido. É preciso que haja a devida cobrança dos projetos propostos. Uma cidade não é uma construção meramente política, mas, coletiva.
O futuro de uma cidade inicia-se em cada munícipe, e o senso crítico deste, com relação à política vem se desenvolvendo. Logo, a mensagem essencial extraída desse pleito, traduz que a política também terá que se reinventar, orientando-se na transparência e realização.
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