“Ao aniversariante, com amor”

Prof. Diogo Benke | Reitor da Católica - SC

Por: Palavra do Reitor

16/12/2020 - 09:12

Daqui a uma semana, temos um aniversário muito especial para comemorar. Historicamente falando, há divergências sobre a data real em que Ele nasceu, mas convencionou-se celebrar Sua vinda ao mundo em 25 de dezembro. Independentemente da religião, Jesus Cristo é uma figura icônica que inspira povos em todos os continentes.

Nós, da Católica SC, temos os princípios cristãos como base do nosso relacionamento internamente e para além dos muros do centro universitário. Acreditamos que são boas práticas que nunca caem em desuso. Ainda hoje, em 2020, podem nos ajudar a tornar o mundo melhor e a fazer um bom 2021.

O ministério de Cristo começou com a marca da humildade e coragem. Ele abriu mão da sua natureza divina e decidiu viver entre nós. Foi batizado por um constrangido João Batista, que, em vão, argumentou não se sentir digno para o ato. Mesmo sendo perfeito, não julgou a imperfeita mulher adúltera e lavou os pés dos próprios discípulos. Cargos, hierarquias e costumes nunca o impediram de fazer o que era preciso.

Foi resiliente e focado. Mal começou sua vida pública e encarou seu primeiro desafio, e que desafio: 40 dias e 40 noites, com privações, como a fome, e tentações. Manteve-se firme no seu propósito e não se deixou vencer pelas perseguições, circunstâncias difíceis e palavra enganosas.

Soube, como ninguém, exercer a liderança e motivar pessoas. Transformou pescadores nos propagadores de uma mensagem pela qual deram suas próprias vidas. Mensagem esta que continuou viva, atravessou mais de dois milênios e ainda hoje transforma homens e mulheres pelo mundo.

Defendeu a fidelidade, a importância da família, da honestidade, do respeito mútuo e da ética. Mostrou como ser sábio, sincero e ter mansidão. Diante das perguntas mais capciosas, manteve-se centrado. Mostrou que não existe coluna do meio. Que o sim, seja sim. Que o não, seja não.

Por onde passou, semeou misericórdia e paz. Mesmo tendo uma missão maior que o universo diante de si e pouco tempo para cumpri-la, nunca deixou de compartilhar tudo o que tinha e de estender a mão a quem precisasse de ajuda. Deu atenção aos desprezados, famintos e marginalizados.

Ensinou a fazer o bem, mas com discrição. O bem pelo bem, e pronto. Sem esperar elogios e reconhecimento público. O bem como fruto de uma vida bem vivida, um tesouro não perecível, recompensa eterna e mais valiosa que qualquer objeto material.

Deu sua vida para demonstrar na prática o maior mandamento: o amor. Ensinou que é muito fácil amar apenas de forma recíproca, mas que o amor é mais necessário justamente na ausência dele, para quem não inspira o bem. E viveu essa desafiadora lição. Mostrou o valor da reconciliação e do perdão na morte de cruz, uma das formas mais infames naquele tempo de sucumbir.

Jesus dispensou os atalhos e fez a coisa certa, que seu Pai gostaria. Sempre. Por mais difícil que parecesse no momento. Para ensinar que as escolhas corretas são um alicerce que prevalece diante das tempestades.

Com isso, permitiu ao homem um relacionamento real e íntimo com Deus, nosso criador, nosso Pai. Nem todos tiveram uma figura paterna presente e adequada protetora. Mas Cristo trouxe alívio aos aflitos e abandonados. Ensinou que somos filhos, que podemos confiar e descansar no cuidado dEle. Que nossas necessidades serão supridas, sem necessidade de sentir ansiedade pelo amanhã.

É por isso que mesmo em meio às dificuldades de 2020, ainda temos um belo motivo para nos alegrar nos próximos dias: celebrar o nascimento do nosso Salvador. Logicamente, sem jamais abrir mão dos devidos cuidados, possamos, na segurança de nossas casas, comemorar esta importante data, que dividiu a história em antes dEle, depois Dele. Feliz Natal a todos e que 2021 seja um ano de reencontros e recomeços!