“Infiltração: dúvidas comuns”

Por: Daniel Antonio Wulff

11/12/2018 - 09:12 - Atualizada em: 11/12/2018 - 09:40

Sempre que falo para algum paciente “Vamos infiltrar?”, passo muito tempo explicando que o mito formado e o medo são indevidos.

O mau uso desse procedimento por anos trouxe algumas dúvidas e questionamentos, mas hoje, comprovadamente, podemos dizer que a sua eficácia é real.

Quando falamos sobre infiltração estamos nos referindo à injeção de uma medicação que pode ser colocada em qualquer parte das articulações.

É muito comum na medicina esportiva e pacientes idosos com artrose. O médico especialista irá injetar um anestésico local seguido de um medicamento para reduzir a dor, tratar uma inflamação ou lesão.

Será dentro de um tecido inflamado ou dolorido (infiltração do ombro, no joelho, quadril, etc.) ou em um tendão, por exemplo. Quando fazer?

As indicações mais comuns são as osteoartrites, contusões nos esportes, processos inflamatórios como tendinites. Quais são os produtos infiltrados?

Os produtos mais comuns que podem ser injetado são: – Anestésico local – particularmente nos casos de dores crônicas ou severas ou no caso de um teste de anestésico terapêutico. Estes anestésicos, cuja ação pode ser prolongada dependendo do tipo, servem para confirmar a origem da dor antes de decidir sobre uma terapêutica definitiva, inclusive fazer diagnósticos diferenciais e de exclusão. – Derivado de ácido hialurônico (viscosuplementação) – este produto destina-se a criar uma espécie de película protetora para atrasar a progressão da osteoartrite/artrose em algumas articulações e aliviar a dor (exemplo osteoartrite do joelho, tornozelo etc.).

Quais são os riscos de infiltração? Quais são as possíveis complicações?

Qualquer intervenção sobre o corpo humano, mesmo em condições de segurança máxima, sempre carrega algum risco de complicações. Tal como acontece com qualquer punção ou infiltração, existe um risco muito baixo de infecção estimada em menos de 1 em 70.000.

  • Sobre Daniel Antonio Wulff – CRM 8535 – Médico dos atletas e pós graduado em cirurgia de joelho e quadril.