“Degeneração da coluna vertebral”

Foto Divulgação

Por: Bruno Francisconi

02/03/2020 - 16:03

Quando falamos em degeneração da coluna podemos abordar sobre algumas alterações que frequentemente acontecem. O mais importante de se saber é que a grande maioria delas irá acontecer em nossa coluna independentemente de querermos ou não e que nem todas elas são responsáveis pela dor.

A degeneração discal (osteocondrose intervertebral) é um processo degenerativo comum envolvendo o núcleo pulposo. Com o avanço da idade, são observados a desidratação e o ressecamento do disco intervertebral, particularmente o núcleo pulposo.

Essas alterações começam na segunda ou na terceira década da vida e se tornam importantes na meia-idade e em indivíduos idosos. A principal consequência do processo degenerativo discal é a incapacidade para a absorção de impactos, desencadeando instabilidade da coluna lombar.

Para suprir esta instabilidade decorrente da degeneração discal ocorrem dois fenômenos importantes relacionados à dor: contratura da musculatura paravertebral, na tentativa de suprir a instabilidade local, e a longo prazo degeneração discal e instabilidade (hipermobilidade) e a formação de osteófitos (bicos de papagaio), como tentativa do organismo em estabilizar a região.

O bico de papagaio ou osteofitose se manifesta quando os ligamentos e as cartilagens que envolvem as vértebras se calcificam, como forma de estabilizar a estrutura desgastada.

O problema tem maior incidência na região lombar, mas pode atingir outras partes da coluna. As dores são causadas pela própria rigidez da coluna, na qual as vértebras afetadas pressionam nervos e músculos.

Já a artrose vertebral é uma doença crônica das articulações, que atinge inicialmente a cartilagem dos discos intervertebrais para, depois, chegar ao osso mais próximo. Ela pode vir acompanhada de rigidez e dificuldade de movimentação.

O desgaste dos discos entre as vértebras pode gerar uma instabilidade na coluna e, ao tentar estabilizá-la, o próprio organismo acaba formando osteófitos (bicos de papagaio).

Por último, a hérnia de disco que, tirando as causadas por um trauma, como cair sentado, acidente automobilístico, entre outros, o que pode nos levar a desenvolvê-la é a junção da desidratação do disco com a instabilidade vertebral.

Toda vértebra tem uma amplitude de movimento “x” e, caso ela comece a se movimentar a mais do que deveria, acontecem rupturas do anel fibroso, facilitando a saída no núcleo pulposo para o meio externo.

Isso pode acontecer por uma compensação desse segmento vertebral (que é quando um segmento se movimenta a mais por causa de uma diminuição da movimentação de outro segmento) e/ou fraqueza da musculatura estabilizadora da coluna.

Se observarmos todas as degenerações citadas a cima iremos perceber uma coisa em comum, a instabilidade vertebral gera todas as degenerações e que o bico de papagaio nada mais é do que o corpo tentando resolver essa instabilidade.

Portanto, em um tratamento efetivo da coluna vertebral devemos trabalhar a estabilização segmentar vertebral. Do contrário, a causa principal das degenerações da coluna irá continuar existindo e causando mais degeneração.

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