O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) usou a tribuna da Alesc, esta semana, para criticar as medidas do governo federal que voltam a fortalecer os sindicatos no país. “Na Argentina, a liberdade venceu e temos esperanças de dias melhores. Aqui, a esquerda mostra que não aprendeu a lição”, declarou.
Segundo Lunelli, por meio de portarias, projetos de lei e, em parte, com a colaboração do Poder Judiciário, a agenda sindical de Lula vai avançando. Neste sentido, a mais recente iniciativa foi a portaria 3.665, assinada pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que altera a regra para o expediente no setor de comércio nos domingos e feriados.
Anteriormente, a regra estabelecida concedia autorização permanente de funcionamento nestas datas para o comércio em geral, desde que fosse respeitada a jornada estabelecida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Agora, os funcionários do segmento só poderão trabalhar nos domingos e feriados com autorização de Convenção Coletiva de Trabalho, feita pelos sindicatos.
“Essa medida vai na contramão do espírito de negociação direta entre patrões e empregados, além de ter sido feita sem discussão com os setores envolvidos. É mais um ataque contra a economia, contra a livre iniciativa e a liberdade. Com uma canetada, Lula vai aumentar os custos para quase 6 milhões de empresas do comércio, que esperavam agora no fim de ano conseguir recuperar os prejuízos”, apontou. Lunelli ainda fez um apelo para que o Congresso Nacional derrube a portaria. O tema está sendo debatido em Brasília e líderes da oposição querem prioridade na votação da matéria.
Novo Imposto
O deputado também lembrou que, paralelamente à essa decisão, um grupo criado pelo Ministério do Trabalho costura com as centrais sindicais e confederações patronais, um projeto de lei que cria uma nova contribuição a ser descontada direto dos salários dos trabalhadores. “Ela será vinculada à realização de acordos de reajuste salarial, ou seja, se o trabalhador recebe aumento, uma parte vai para o sindicato. Daí o interesse em jogar tudo nas mãos dos sindicalistas. A entidade encherá os bolsos”, alertou.
O deputado finalizou o discurso afirmando que “não se arrecada mais cobrando muito de poucos, mas cobrando pouco de muitos”, e pedindo uma mudança de mentalidade por parte dos governantes. “O povo não aguenta mais sustentar essa estrutura pesada que o poder público vai criando”.
Dia da Consciência Negra é celebrado com homenagem na Câmara jaraguaense
A Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul realizou, na noite de terça-feira (21), sessão solene em celebração ao Dia da Consciência Negra. Além dos vereadores, estiveram presentes no evento o presidente de honra do Comunidade Negra de Jaraguá do Sul (Conejas), Everaldo Aparecido Corrêa, o presidente do Movimento de Consciência Negra do Vale do Itapocu (Moconevi), Francisco Valdecir Alves, e o presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), José Aparecido Félix. Foram homenageadas 11 personalidades de destaque da sociedade jaraguaense: Francisco Valdecir Alves, Maria Beatriz de Andrade, Stela Liss, Antônio Rosa (in memoriam), Professor Alfredo Cardoso, Carlyne Mauristhene, André de Carvalho Ferreira, Antônio da Silva Martins, Professor Adelmo Coito, Clotilde da Silva Rosa e Rita Marques do Carmo Filipp.
Moção de aplauso
Ainda na terça-feira, o Legislativo jaraguaense aprovou moção de autoria do vereador Jair Pedri (PSD) para Pery Querino da Cruz, conhecido como “Pery do Pandeiro”, em reconhecimento a sua contribuição para cultura do Carnaval no município. Pery faleceu em julho deste ano aos 96 anos. A iniciativa ressalta a importância da preservação da cultura carnavalesca, especialmente no contexto da história de Jaraguá do Sul, onde a relação de crescimento e desenvolvimento está intrinsecamente ligada ao trabalho das famílias de origem africana. A moção foi entregue aos familiares do sambista durante a sessão solene em homenagem ao Dia da Consciência Negra.