Enquanto a Proposta de Emenda à Constituição 133/2019, a chamada PEC paralela, fica mofando na Câmara dos Deputados a espera de uma votação, já que no ano passado foi aprovada no Senado, estados e municípios correm para aprovar suas reformas por conta do prazo que acaba em julho deste ano.
A data é estabelecida pela Portaria 1.348/2019, do Ministério da Economia (ME), que determinou que os entes da federação não podem ter alíquotas previdenciárias cobradas de seus servidores menores do que as da União.
Outra questão é que junto com a PEC paralela da Previdência, a Câmara também tem as reformas tributária e administrativa para aprovar. A previsão é de que o governo entregue a reforma administrativa logo depois do Carnaval.
O objetivo principal da Portaria do ME é permitir que estados e municípios tenham em seus regimes de previdência as mesmas regras definidas pela União para a aposentadoria dos servidores públicos federais, também com idade mínima e tempo de contribuição. Além disso, o percentual de contribuição dos servidores estaduais e municipais não pode ser inferior a 14%.
Mas o que agrava agora é que por não ter sido aprovada a PEC paralela, os municípios não poderão seguir de forma automática o que os estados tenham aprovado, sendo feitas reformas próprias, num tipo “cada um por si”.
Os governos estaduais já correm com seus projetos como é o caso de Santa Catarina que segue a linha de mais 14 estados que enviaram suas propostas de reforma para as assembleias legislativas.
No caso dos municípios, a correria contra o tempo é a mesma, com o detalhe de ser ano eleitoral e este tipo de reforma não ser bem aceita entre os servidores municipais.
Exemplo disso é Joinville em que os servidores municipais deflagraram na semana greve contra as mudanças na previdência.
Em Jaraguá do Sul, o projeto da reforma já está na Câmara de Vereadores e uma audiência pública convocada pelos vereadores e marcada para o dia 3 de março vai discutir o assunto, antes que o projeto vá à votação.
Mudanças
No projeto de lei enviada pela Prefeitura de Jaraguá ao Legislativo no começo deste mês, prevê a aplicação imediata da alíquota de contribuição do segurado do Issem, que passará de 11% para 14%, sendo que a contribuição patronal, assim entendida a contribuição obrigatória da entidade pública, continuará de 18,44% a incidir sobre a remuneração dos segurados.
As novas idades mínimas para aposentadorias ficarão de 62 anos para as mulheres e 65 anos para homens observada a redução de idade mínima para os ocupantes de cargo de professor, bem como o tempo de contribuição e os demais requisitos que entram na reforma.
O texto também prevê que somente aqueles servidores que entraram no serviço público até 2003 e cumprirem uma das regras de transição poderão se aposentar com integralidade e paridade. Os demais, assim como trabalhadores da iniciativa privada, terão cálculo do benefício na média de 100% dos vencimentos e não nos 80% maiores como hoje.
Festival da Cerveja
A organização do 1º Festival de Cerveja de Jaraguá do Sul deve divulgar nos próximos dias os números do evento que aconteceu de quinta-feira (20) a sábado (22), no Parque de Eventos, realizado pelo Núcleo de Cervejarias da Acijs com apoio da Prefeitura. Os organizadores já consideram um sucesso esta primeira edição. O evento reuniu oito cervejarias que comercializaram mais de 40 sabores de cervejas.
Outro evento paralelo ao Festival da Cerveja foi o Concurso de Escolha da Logomarca do “Selo da Cerveja de Jaraguá do Sul” promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, que recebeu inscrições de 29 propostas apresentadas por 24 proponentes.
A vencedora do concurso foi a designer de marcas Laura Amboni Euzébio Naves (foto acima) que ontem recebeu o prêmio de R$ 3 mil do secretário Neivor Bussolaro (E) e do diretor de Turismo Marcelo Nasato.
CURTAS
Licitações
Um projeto que tramita na Câmara dos Deputados pretende exigir cinco anos de CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) para que empresas participem de licitações. A proposta altera a Lei de Licitação, que hoje não especifica prazo.
O autor do projeto, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), explica que o objetivo é evitar que empresas sejam constituídas apenas para participar de licitações com interesse político. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reforma tributária
O senador Dário Berger (MDB-SC) defendeu, na semana passada em Plenário, a aprovação de uma reforma tributária que simplifique a cobrança de impostos, gere segurança jurídica aos contribuintes, destrave a economia, estimule o crescimento econômico e, principalmente que faça justiça social. “Quem ganha mais, paga mais imposto, quem ganha menos, paga menos”, pontuou Dário.
O senador afirma que essa é uma pauta de extrema relevância para um país burocrático como o Brasil, que segundo ele, tem uma carga de impostos absurda, que prejudica os mais pobres e dificulta a vida do empreendedor.
Troca de feriado
Projeto de lei pretende excluir o Dia de Tiradentes (21 de abril) e incluir o Dia do Descobrimento do Brasil (22 de abril) entre os feriados nacionais. A proposta, do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), tramita na Câmara dos Deputados e altera a Lei que instituiu o feriado de Tiradentes.
O argumento do parlamentar é que o dia 22 de abril é a data histórica relativa ao descobrimento oficial do Brasil. Para que não permaneçam dois feriados em dias seguidos, o deputado sugere revogar o feriado de 21 de abril, relativo à morte de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, símbolo da Inconfidência Mineira.
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