“Ergonomia nos Projetos Arquitetônicos”

Por: Eixo 11

21/06/2022 - 09:06 - Atualizada em: 21/06/2022 - 09:17

A Ergonomia é o processo de adequação dos espaços, produtos e sistemas a fim de atender às necessidades das pessoas que os utilizam. A IEA (Associação Internacional de Ergonomia) divide o conjunto de regras em 3: Ergonomia Física, Ergonomia Cognitiva e Ergonomia Organizacional. A Ergonomia Física está ligada diretamente com a arquitetura e design de interiores, pois é aplicada para facilitar o dia a dia do ser humano e o seu espaço de convivência diário, respeitando os espaços mínimos de circulação, organização de objetos, deslocamento, necessidades e limitações físicas dos moradores.

Foto: divulgação

Esse é um dos motivos que torna o trabalho de um arquiteto essencial na concepção de uma construção, projeto arquitetônico ou ambiente de interiores. O profissional consegue identificar as principais necessidades do cliente e criar um espaço com a ergonomia adequada, facilitando o conforto no seu lar e aumentando o nível de confiança dos moradores em seu planejamento, no que diz respeito à satisfação, segurança e bem-estar.
A primeira análise a ser feita, é o levantamento das necessidades familiares, tamanho do espaço, altura dos moradores, mobilidade, deficiência física, são pontos que tendem a influenciar a instalação das bancadas, prateleiras e marcenarias.
O planejamento da cozinha é um dos itens mais importantes, que busca facilitar a mobilidade no espaço tornando-a mais funcional. A relação entre as áreas de pia (limpeza), fogão (cocção) e geladeira (armazenagem) devem gerar um triângulo de funcionalidades, posicionando os móveis e eletrodomésticos nos lugares mais adequados. O ideal é que a distância total entre os três não passe de 6 metros. Ao utilizar a regra, esses três itens, que são os mais usados na cozinha, são distribuídos estrategicamente pelo espaço para otimizar a área de circulação.
Os banheiros também merecem atenção especial, por serem áreas molhadas, oferecem maior risco de acidentes, especialmente para moradores idosos. As medidas mínimas dos banheiros devem ser observadas de acordo com o Plano de Acessibilidade, podendo sofrer variações dependendo de cada cidade. Geralmente, a altura ideal entre a pia e o nível do piso é de 90 cm, podendo variar de acordo com a altura dos habitantes. Esse valor será sempre tomado a partir do ponto mais alto da cuba ou da bancada.
Para salas de jantar é importante observar as medidas dos mobiliários de acordo com as necessidades dos habitantes e também os espaçamentos ideais das cadeiras em relação a mesa.
As dimensões dos espaços influenciam na escolha dos equipamentos para se garantir a ergonomia correta, como é o caso das salas de TV ou home theaters, devendo ser observado o tamanho da tela e sua respectiva distância e altura em relação ao sofá para que o usuário possa se acomodar confortavelmente em frente à TV.
Nos quartos devem ser observados como está à disposição dos mobiliários de acordo com o fluxo do ambiente. A distância mínima recomendada para a passagem é de 60 cm. A mesma lógica se aplica aos demais cômodos da casa, como por exemplo, as lavanderias e áreas de lazer.
É essencial o entendimento da Ergonomia na Arquitetura e como sua aplicação pode melhorar a qualidade de vida dos usuários, através da otimização e adequação dos ambientes, proporcionando um projeto individualizado e diferenciado.

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