“O que é verdade para a mente é verdade para o corpo”

Foto divulgação | Pexels

Por: Andreia Chiavini

04/06/2021 - 07:06

Sou fisioterapeuta e na minha formação meus mestres me ensinaram a entender o corpo físico como um sistema que funciona dentro da sua mecânica anatômica. Os músculos contraem e relaxam quando nos movimentamos. Os ossos, as articulações, as fáscias, os órgãos, todos estão nos seus devidos lugares, com suas devidas funções.

O ser humano é uma máquina perfeita. Eu diria quase perfeita se não fosse nossa mente. Quando realizo uma avaliação é possível perceber claramente todas as alterações físicas existentes nesse corpo, todas as assimetrias, rigidez, limitações e saber exatamente onde se localiza a dor. O físico está ali, na minha frente, mas o que não é palpável, visível, é exatamente o que leva esse corpo, tão sofrido e tão cheio de lesões, a pedir socorro.

Dizia Joseph Pilates, “Hábitos incorretos são responsáveis pela maioria das nossas doenças, se não por todas elas”. Os hábitos! Lembra-se da história do buraco? São os nossos hábitos que conduz a nossa vida e quando eles deixam de ser saudável, nosso corpo paga, ficamos caindo no mesmo buraco, varias vezes, por falta de consciência sobre nós mesmos ou pelas crenças que criamos.

Todos os nossos pensamentos e emoções são transmitidos através de impulsos e estímulos para as nossas células, para o nosso sistema corpo físico. O que é verdade para a mente, é verdade para o corpo. Pensamentos rígidos, corpo rígido. Pensamentos inflexíveis, corpo sem flexibilidade, sem movimento, cheio de amarras, um rígido conjunto corporal. E aí esse sistema entra em desequilíbrio. Não dói o ombro, dói à carga; Não dói a lombar, dói a estrutura que você precisa ser; Não dói o estômago, dói o que a alma não digere; Não dói o fígado, dói a raiva; Não dói a cabeça, dói os pensamentos.

É necessário ampliar a visão. Muita coisa a ciência ainda não explica. Limitar a uma avaliação física e a um protocolo de tratamento, por falta de evidências cientificas, não levando em consideração as evidências da vivência prática, é se limitar num mundo cheio de oportunidades.

A lesão tecidual é a consequência de uma série de fatores que na maioria das vezes está num longo processo de construção. Não acontece de um dia para o outro, a menos que seja um trauma. Para termos uma excelente condição física, precisamos ter a consciência do que projetamos para o nosso corpo. Por isso que acredito que, nós profissionais da saúde precisamos olhar para a pessoa com atenção e cuidado, escutar o corpo, entender a história que ela conta, as suas emoções e seus pensamentos.

Nem sempre meu olhar estará na mesma direção, somos seres únicos, mas a visão deve ser em busca de perceber detalhes, fraquezas, nuances, possibilidades que conduziram essa pessoa chegar até aqui, assim. Eu acredito que só posso ter sucesso nos meus atendimentos, se eu tiver uma visão humana daqueles que eu cuido, em busca da perfeita sintonia entre o corpo, mente e alma.

Andreia Chiavini Movimento e Bem Estar

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