“É coisa da minha cabeça”

Foto divulgação/Pexels

Por: Andreia Chiavini

06/11/2020 - 15:11 - Atualizada em: 06/11/2020 - 15:41

Quantas vezes você já se perguntou sobre isso? Fez exames e os resultados não são condizentes com o que você sente. Quantas vezes você teve sobrecarga de tarefas, tensão emocional, medo, insegurança, tristeza, conflitos, irritabilidade, raiva?

Os filhos estão em casa, o trabalho dobrou, as contas do mês não fecham, o convívio social diminuiu, as incertezas aumentaram e você, só de pensar em tudo isso, sente um nó no estômago e a lombar começa a doer. Muitas vezes temos dores físicas sem uma causa orgânica, e esta dor se torna aquela dor que dizem que é coisa da sua cabeça.

A dor funciona como um mecanismo do corpo para passar mensagens, uma percepção do cérebro que leva em conta um conjunto de fatores, para mostrar que algo não vai bem. Sem a dor, nós nos prejudicaríamos pelo simples descuido. Imagine se a luz do painel do seu carro que a gasolina chegou à reserva, não ligasse? O carro em algum momento iria parar. Conosco acontece a mesma coisa. Porém, nem sempre a dor é a causa, mas sim um aviso de que algo deve ser corrigido, que devemos prestar mais atenção em nós mesmos, antes de nos colocarmos em risco. Seja físico ou mental.

Quando a causa da dor é investigada, as possibilidades vão sendo descartadas, e não se encontra um diagnóstico conclusivo, por falta de informação, preconceito, vergonha por ter uma dor que é “Coisa da sua Cabeça”, vive-se por muitos e muitos anos, suportando o desconforto sem buscar ajuda. Os sinais não devem ser ignorados. Quando vivemos muito tempo em uma situação de grande estresse, tristeza, preocupação, frustração, o sentimento aumenta e fica difícil de administrar. Essas emoções se tornam sinais físicos, tudo isso altera o organismo de uma forma geral, inclusive a musculatura, ficando tencionada e refletindo-se em dor.

Além disso, a pessoa com alteração emocional e deprimida tende a manter uma postura errada e acaba não realizando exercícios, ocasionando assim dores musculares, justificando muitas dores, o que chamamos de somatização. Quem nunca somatizou um problema? Uma falta de ar no dia da apresentação de um trabalho importante, uma dor de cabeça numa situação de estresse. Mas quando os sintomas são frequentes, se tornam crônicos, é preciso procurar ajuda. Nem sempre é simples passar por tudo sozinho. Tudo bem se somos falíveis e imperfeitos, tudo bem se somatizamos e nosso corpo dói sem um causa orgânica definida.

Mesmo que te digam que você não pode se abalar e que é coisa da sua cabeça, felizes são aqueles que sabem de si mesmos. Procure um psicólogo, procure um profissional do movimento, associe o exercício mental com o exercício físico. Busque o equilíbrio do corpo e da mente e se permita a deixar de lado a opinião dos outros e seja feliz.

Andreia Chiavini Movimento e Bem Estar

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