“Diagnóstico não é destino”

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Por: Andreia Chiavini

11/09/2020 - 09:09 - Atualizada em: 11/09/2020 - 12:20

“Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: diga trinta e três. Trinta e três… trinta e três… trinta e três…respire. O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino”.

Poema escrito por Manuel Bandeira, relatando sua doença, tuberculose, descoberta em 1904. Ele sabia dos riscos que corria diariamente e a perspectiva de deixar de existir a qualquer momento. Ele faleceu aos 82 anos em 1968.

Apesar da sua constância melancolia e um estilo mórbido, ele lutou, acreditou, tratou e principalmente, esteve disposto a cura. Viveu longos 64 anos doente fisicamente, mas externou sua alma em poesia e manteve sua alma salubre.

Diagnostico é destino? Quando nos é dado um diagnóstico ruim, seja ele qual for, o primeiro momento é entrar num coma profundo e pensar, por que eu? O conflito interno, o desespero, a mágoa e a tristeza por estar vivendo este dia pode ser o segundo passo.

Mas se parar para analisar, Manuel Bandeira, viveu em uma época onde a medicina tratava a tuberculose com o repouso nas montanhas e esperava a sorte tocar. As doenças se iniciam de forma psicossomática, capazes de interferir no metabolismo e na dinâmica do corpo, produzindo sintomas e até influenciar no surgimento e piora de doenças já existentes, os sentimentos persistentes se transformam em físico.

Mas e se eu mudar minha percepção, minha mente, mudar a crença sobre a minha vida eu mudo os sinais que estão entrando e ajustando as funções das células? Pela minha capacidade de mudar o ambiente e de mudar a minha percepção do ambiente tenho a capacidade de controlar a capacidade genética? Eu sou vítima da minha hereditariedade ou eu sou o mestre da minha atividade genética? Será mesmo?

O que Manuel Bandeira fez para que seu diagnostico não fosse destino? Como explicar o que muitas vezes a ciência não explica. Foi Sortilégio? Milagre? Fé? E não importa se a fé é em Deus ou na medicina, o importante é tê-la, é acreditar.

O fato de acreditar na cura é, em linhas gerais, o poder da mente. A cura começa de dentro para fora, nas nossas atitudes e reflexões. Quanto mais você se organiza do lado de dentro, mais a vida se organiza do lado de fora. A saúde é a perfeita harmonia com a alma. Ou devemos tocar um tango e esperar a hora chegar? Não, jamais.

Quando a vida te colocar em situações difíceis, não fale por que? Amplie o olhar e assuma a própria responsabilidade, com respeito e compreensão. Fale, me desafie! Afinal, diagnostico não é destino.

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