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Bomba Atômica Moderna

Foto: Freepik

Por: Andreia Chiavini

11/08/2023 - 10:08 - Atualizada em: 11/08/2023 - 16:35

 

Acreditamos que a arma mais poderosa inventada pelo ser humano é a bomba atômica. É uma arma de destruição em massa que matou milhares de pessoas e fez estragos irreversíveis na nossa história. Isso aconteceu em 1945 e muito foi se modernizando até hoje. Não enfrentamos mais essa situação, porém, a era tecnológica criou uma arma mais poderosa e moderna. O celular.

Ele não tem o poder de devastação, mas matou a televisão, aquele momento que famílias inteiras se sentavam no sofá e assistiam o programa favorito comendo pipoca. Matou, a câmera fotográfica e a expectativa da espera pelas melhores fotos. Matou o relógio, a espera e a paciência pelos acontecimentos. Matou o jornal sobre a mesa no café da manhã, a lanterna, o espelho, o calendário sobre a mesa. Matou o encontro presencial dos amigos para jogar videogame. Matou a carteira e o cartão do banco. Matou a interação entre as pessoas, o olho no olho, os encontros arranjados pelos amigos. Matou as conversas francas, a realidade da vida. Matou o romantismo, a gentileza e a empatia, dando espaço para o excesso de opiniões. Aos poucos está matando os seus olhos e o seu sono reparador.

Ele também vai matar a sua postura e a sua coluna. Vai aumentar a tensão muscular e gerar dor. Quase uma extensão do próprio corpo, os aparelhos viraram companheiros inseparáveis, a sua vida está todinha ali e executam muito mais que a simples função de se comunicar. Apesar da tecnologia facilitar a vida ou trazer uma “aproximação” entre as pessoas, nos afasta do convívio social e provoca problemas físicos e psicológicos.

A ansiedade aumentou consideravelmente. Muitos já sentem no corpo os sinais e o abuso delas tem chamado atenção para o surgimento de alguns problemas de saúde, especialmente relacionados a dores nos membros superiores, cervical e cabeça. Sem tanto radicalismo, a indicação é que a utilização dos aparelhos seja equilibrada. Fazer uso de forma mais consciente colabora muito. Se não houver como fugir deles, o ideal é, de tempos em tempos, mudar a postura.

Tão importante quanto considerar os problemas físicos advindos do uso excessivo de aparelhos eletrônicos é mudar os hábitos, entender o seu lugar no mundo e estar presente na vida de quem amamos.

Longas horas nesses equipamentos, além da fadiga, estresse e dor a pessoa perde oportunidades de vida social real, de convívio e de lazer de outros tipos, passando os computadores e celulares a ser sua principal via de convivência e diversão. Não é uma arma letal, mas vai aprisionando, viciando e matando as pessoas em vida.

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Andreia Chiavini

Fisioterapeuta especialista em Fisiologista do Exercício e Certificada em Pilates, TRX e RPG. Crefito: 77269-F.