O sono é um processo complexo e dinâmico que, embora seja caracterizado por um estado de repouso corporal e relaxamento muscular, é bastante ativo do ponto de vista de atividade cerebral. Não restam dúvidas de que o sono desempenha um papel vital no desenvolvimento e na modulação da cognição, da emoção e da imunidade.
Queixas de sono de má qualidade e de dificuldades para iniciar e manter o sono são extremamente frequentes tanto nas crianças quanto nos adultos, afetando de 25% a 40% de crianças e adolescentes e 33% a 50% dos adultos. Dependendo de suas características e intensidade, essas situações resultarão em diferentes impactos no funcionamento e no desenvolvimento diurno, incluindo aprendizagem, crescimento, comportamento e regulação da emoção.
De acordo com as Associações Americana e Brasileira de Sono, recomendam-se pelo menos sete horas de sono por noite para adultos com mais de 18 anos de idade, a fim de promover saúde e bem-estar ideais. Sendo o ideal até 9h por noite, e menos que 6 horas ou mais que 10 horas não recomendado. Dormir menos de sete horas por noite está associado ao aumento do risco de obesidade, diabetes, pressão alta, doença coronariana, acidente vascular cerebral (AVC), problemas mentais e mortalidade por todas as causas.
Estudos recentes sobre os efeitos da falta de sono confirmam o papel imprescindível do sono na regulação das emoções. O sono insuficiente induz alterações de comportamento e humor decorrentes do prejuízo nessa regulação sobre as emoções e os impulsos; visto que enquanto dormimos ocorre interações entre áreas cerebrais que regulam os sentimentos.
Uma noite de sono de boa qualidade aumenta as emoções positivas e o bem-estar durante o dia, enquanto uma noite de sono de má qualidade aumenta a irritabilidade e emoções negativas.
O estresse e experiências emocionais negativas ou estressantes podem prejudicar a saúde do sono, predispondo a pesadelos, aumento de despertares noturnos, estados de insônia e desregulação do ciclo sono-vigília. De forma recíproca, o sono insuficiente ou de má qualidade afeta a reatividade emocional, predispondo ao estresse, ansiedade e transtornos do humor.
A identificação precoce desses fatores, bem como sua abordagem adequada, avaliando cuidadosamente os aspectos psicoemocionais do indivíduo, são cruciais para uma melhor qualidade de vida.
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