O paradigma vigente da pandemia de Covid-19 se refletiu em uma piora expressiva nos indicadores econômicos apontados por especialistas e empresários jaraguaenses na edição de maio do Relatório OCP de Tendências Econômicas, que já demonstrava uma tendência negativa na edição de abril.
A primeira edição do relatório, divulgada em março, revelou um otimismo cauteloso, que deu lugar a uma retração limitada em abril – mas agora, em maio, aponta para um cenário de negatividade.
Divulgado mensalmente, o relatório traz a expectativa de lideranças locais sobre indicadores vitais da economia brasileira para o exercício de 2020, bem como a perspectiva de comportamento de nossa economia regional.

Foto Studio OCP
O propósito do instrumento analítico é servir de bússola para empresários, empreendedores, investidores e público em geral, para condução mais segura de seus negócios.
Os analistas fundamentam suas avaliações e projeções, considerando a natureza, especificidade e comportamento de cada indicador apontado.
Produto Interno Bruto
A expectativa do empresariado de Jaraguá do Sul e região é que o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de toda a produção econômica do país) caia 3,7% em 2020, retração comparável a de 2015.
Na primeira edição do relatório, em março, se esperava um crescimento de 1,9%.
A inflação para o consumidor amplo, o IPCA, deve ficar em 2,6%, indicando uma economia fria – ainda não deflacionária, mas com preços estagnados para manter o consumo.
A estagnação é a opinião mais otimista dentre as expressadas pelos agentes econômicos consultados: 15,4% deles veem a economia regional estagnada em 2020, com os 84,6% restantes prevendo retração.
Cotação do dólar
O prognóstico negativo é visto também na cotação do dólar, que ainda espera uma melhora em comparação com a vigente – fechando esta segunda-feira a R$ 5,78 – mas consideravelmente mais elevada que a registrada nas edições anteriores do relatório.
A expectativa é que a moeda feche o ano a R$ 5,05, contra os R$ 4,31 de março e R$ 4,78 de abril.
Taxa Selic
A taxa básica de juros, usada pelo Comitê de Política Monetária para tentar controlar a crise, por sua vez, deve seguir baixa: a projeção de maio é de que ela feche o ano na faixa de 2,98%, pouco abaixo dos atuais 3%.
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