A repercussão da reportagem da Rede OCP, tornou possível contatar Marcos C. de Araújo Júnior, o construtor que supostamente quebrou contratos com vários clientes no Norte de Santa Catarina. Ele afirma que os clientes criaram uma campanha para denegrir a sua imagem.
“A forma que está sendo contada [a história] é criminosa. Tenho conversas no WhatsApp. Eles contam isso por ódio, por raiva, porque a gente não consegue resolver ou cumprir (com os contratos). A finalidade deles é que a gente seja desmoralizado e não consiga resolver a situação”, comenta.
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Marcos Araújo explica que em 2017 tinha uma empresa chamada JBM, cujo garoto propaganda era o ex-jogador de futsal Falcão – que na época ainda atuava no esporte -, e que vendeu muitas casas. Por um erro de gestão, ele conseguiu concluir 50% dos contratos.
“Eu recebi muitas ameaças de morte, a minha filha e a minha esposa. Então, eu fui embora para Sorocaba. Eu fugi, na verdade, fiquei dois meses fora e acabei voltando. Eu não consegui ficar fora. Eu falei: ‘eu vou voltar disposto a matar ou morrer pra eu tentar me reerguer’”, frisa.
O empresário conta que voltou para a casa do pai e chamou todos os clientes para uma negociação no local onde estava morando de favor, porque tinha perdido tudo.
Depois disso, montou uma nova empresa, a Casa Joy. Marcos Júnior cita que recomeçou as obras, chegou a concluir contratos e fez acordos.
“Alguns clientes que estavam com raiva começaram a tirar fotos da nova construtora, a dizer que eu era golpista. Aí, começou tudo de novo. Aí, os clientes novos começaram a ficar com medo e não querer pagar. Eu não conseguia concluir e começou a virar uma bola de neve novamente”, lembra.
O construtor reforça que teve muitos problemas com mão de obra e que mudou o nome da empresa de novo.
Empresário culpa os clientes
Marcos justifica o insucesso nos negócios salientando que os próprios clientes não estão deixando ele vender novas casas e nem mesmo concluir as obras.
“Eu tenho muita ameaça aqui no meu WhatsApp. As pessoas falam: ‘não é pra menos, olha o que você fez’. Mas ameaçar a minha filha de cinco anos, alguém ameaçar a tua esposa, ameaçar a tua família é bem complicado”, lamenta.
Depois, ele abriu uma nova empresa em uma sala comercial nas proximidades de um shopping na zona Norte de Joinville.
Lá, ele colocou o nome da empresa de Ecojoy. Ele comenta que conseguiu vender algumas casas em Guaratuba (PR).
“Com alguma dificuldade, sempre atrasadas, até porque obra é muito difícil. E tem clientes que são complicados. Eles ouvem boatos de outros clientes e acabam já não querendo pagar mais a gente e acaba virando uma bola de neve”, observa.
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