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Aos 18 anos, jaraguaense é uma das grandes promessas do vôlei brasileiro

Foto: Divulgação/CBV

Por: Lucas Pavin

07/08/2019 - 00:08

Jaraguá do Sul se notabiliza desde o início do século como uma grande formadora de talentos ao vôlei brasileiro.

Do projeto Evoluir, iniciado em 2000, saíram nomes como Marcelo Hister, Rodrigo Telles, Renan Levandoski e Valentino Gnewuch de Abreu que passaram e seguem representando clubes importantes do Brasil afora.

E já tem mais gente querendo fazer parte dessa lista, pedindo passagem por um lugar de destaque no esporte. Quem merece atenção especial, desta vez, é Guilherme Rech.

Com 2,04m, o central de 18 anos integra há três anos a base do Cruzeiro, um dos principais clubes do país, e é a nova aposta da cidade para brilhar na modalidade num futuro bem próximo. Para fazer tal afirmação, basta ver um pouco da trajetória do jovem para entender.

Jaraguaense com a camisa cruzeirense | Foto Divulgação

O primeiro contato com o vôlei foi dado aos nove anos de idade, na Escola Machado de Assis, no bairro João Pessoa. Mas não demorou muito para que o talento da ainda criança na época fosse detectado.

No tradicional Encontro de Polos do voleibol de Jaraguá, o menino foi chamado pelo professor e idealizador do projeto Evoluir, Benhur Rosado Sperotto, para entrar na equipe de base da cidade. Um passo que fez a carreira nas quadras começar a deslanchar.

Após quatro anos jogando pela sua terra natal, o jaraguaense defendeu Timbó por uma temporada e deixou Santa Catarina, aos 15 anos, para atuar no AABB Sada, do Rio de Janeiro.

Até que, em 2017, surgiu o convite para compor a base do Cruzeiro, clube no qual vem despontando, a ponto de acumular convocações recorrentes as categorias menores da seleção brasileira.

“Estou no maior time do Brasil e não tem palavras que eu possa mensurar o quanto estou feliz”, diz Rech, que ainda revelou seus maiores sonhos no esporte. “Primeiro quero fazer parte do time adulto do Cruzeiro, e, um dia, ser campeão olímpico pelo Brasil”, completa.

Jaraguaense foi campeão sul-americano pelo Brasil | Foto Divulgação

Importância da base jaraguaense

Mesmo em uma das principais equipes do voleibol brasileiro, Guilherme Rech não esquece suas raízes. Os trabalhos de iniciação e desenvolvimento vividos em Jaraguá do Sul foram fundamentais para ele se tornar um grande atleta.

“Se não fosse pelo excelente trabalho de toda equipe de Jaraguá, de técnicos a apoiadores, eu não estaria onde cheguei”, ressalta.

Ao lado da mãe Ana Paula Ramalho (E), Guilherme após título conquistado na base jaraguaense | Foto Divulgação

Visto como um exemplo aos atletas mais novos que buscam seguir o mesmo caminho, o central também não esconde o orgulho em poder levar o nome de Jaraguá ao mais alto nível do vôlei nacional.

“Sou muito grato a Deus por chegar onde cheguei e ser exemplo para outros meninos. Também fico muito feliz por ser uma referência no vôlei para minha cidade e espero trazer muitas alegrias aos jaraguaenses”, destaca.

Títulos, ano especial e futuros compromissos

Não há como negar. Guilherme Rech vive em 2019 seu melhor momento na carreira. Após adquirir maior experiência ao disputar a Liga Nacional Adulta Série B no início do ano, pela equipe de Lavras (MG), o jogador recebeu em junho, a convocação para representar o Brasil no Campeonato Mundial Sub-19.

Guilherme Rech (camisa 15) na época da equipe do Lavras | Foto Ricardo Haleck

Acompanhado pelo auxiliar Luiz Carlos ‘Kadylac’, técnico dos times de base de Jaraguá do Sul e seu antigo treinador na terra natal, Rech viaja com o restante do elenco no próximo domingo (11) para Tunísia, onde o torneio inicia no dia 27 de agosto.

“Desde ano o Guilherme despontava por um perfil físico padrão para o voleibol. Ele se dedicou, foi ascendendo naturalmente e para nós é uma alegria ver um garoto que saiu do projeto chegar ao rendimento. Fazer parte da seleção Sub-19 é algo que transcende os objetivos do Evoluir e trabalhar com ele novamente é gratificante”, declara Kadylac.

No país europeu, o jaraguaense buscará mais um título expressivo na carreira, que já conta com Sul-Americano Sub-19, Brasileiro de Clubes, Brasileiro Escolar, Taça Paraná, além de um Mundial Escolar de vôlei de praia, em 2017, no Haiti.

 

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Lucas Pavin

Jornalista esportivo, com a missão de informar tudo o que rola na região, seja na base, amador ou profissional.