Nós já mostramos jaraguaenses na Europa e na América do Norte. Agora, é a hora de mostrar que tem gente da nossa terrinha se aventurando nos países vizinhos também.
Com muita coragem e vontade de aprender, a designer Jessin Tainara Xavier, de 26 anos, foi com mala e cuia para Buenos Aires, capital da Argentina, em janeiro deste ano.

Foto: Arquivo Pessoal
Essa mudança começou em Florianópolis, quando ela e o namorado, André de Oliveira, estavam em um evento de design e conheceram alguns empresários argentinos.
“Conversa vai, conversa vem, o André recebeu uma proposta muito boa. A gente já morava junto, então vendemos tudo para vir pra cá”, conta.

Foto: Arquivo Pessoal
Jessin trabalha como freelancer, o que facilita que ela exerça sua profissão em qualquer lugar do mundo.
Como é viver em um país sul-americano?
Muita gente pode pensar que por ser um país vizinho, a adaptação é mais fácil. Mas, não é bem assim.
“É difícil se adequar a linguagem. Eu estudo espanhol aqui, mas no dia a dia, o espanhol deles é muito diferente, difícil e rápido. No início, eu não entendia nada, me sentia muito excluída e achava que nunca ia aprender”, revela Jessin.
Agora, a comunicação já está mais fácil. Outra diferença que ela sentiu foi em relação ao jeito dos argentinos. “Não tem aquele calor brasileiro, as pessoas são bem estressadas e não muito simpáticas”, comenta.

Foto: Arquivo Pessoal
A maioria das amizades que Jessin fez por lá foi com brasileiros, que também sofrem com a adaptação. “Acho que a mudança para qualquer país é solitária no começo”, pondera.
Já na cozinha, de acordo com a jaraguaense, os ‘hermanos’ comem muita batata, frituras e alimentos sem sal e feitos com farinha.
Lado positivo de morar na Argentina
A convivência com os argentinos também tem seu lado positivo. Segundo Jessin, por incrível que pareça, todos dizem que amam o Brasil.
Falando nesse amor e ódio entre brasileiros e argentinos, a jaraguaense conta que costuma falar de futebol com o pessoal de lá. “Eles acham que a Argentina vai chegar na final da Copa”, fala Jessin (iludidos, né?!).

Foto: Arquivo Pessoal
Para ela, a parte boa é a facilidade de visitar o Brasil e receber os entes queridos no país. As universidades também são gratuitas e existem muitos parques por lá, com gente tomando mate e aproveitando o dia ao ar livre.
O transporte coletivo é acessível e há muitos eventos culturais, museus, shows, teatros e livrarias em Buenos Aires. “A cidade é linda. Quem faz ou gosta de arquitetura, tem que visitar”, garante.

Foto: Arquivo Pessoal
Jessin está tentando arranjar um emprego fixo por lá, mas seu documento argentino sai apenas no final do ano e as vagas são concorridas, já que quase três milhões de pessoas vivem na capital.
A jaraguaense vai vir pra cá em junho, mas a viagem é só de passagem mesmo. Ela afirma que não tem previsão de voltar pro Brasil, e sim, de ir para outro país.
A designer não sabe ainda qual será o próximo destino, mas não esconde a vontade de conhecer o mundo. “Me sinto meio nômade, então estou sempre aberta para novas oportunidades”, conta.
Para quem tem o desejo de morar no exterior, a jaraguaense tem apenas um conselho. “Seja forte! Se não der certo, sempre dá pra voltar”, garante.