“Férias das crianças, loucura dos pais.”
Essa é uma frase que tenho ouvido com muita frequência.
E a pergunta que eu faço é simples e direta: como você lida com isso na prática?
Porque eu, como pai, vivo essa realidade no dia a dia.
O que tenho percebido é que existem três perfis de pais que acreditam estar acertando, mas acabam repetindo um mesmo erro. Um erro que, muitas vezes, é aprovado pelo ambiente, porque se tornou comum dentro das famílias.
Aqui, meu objetivo não é constranger ninguém, mas convidar você para a hora da mudança.
1️⃣ O pai “ignorante” que reprova tudo
O primeiro perfil é o pai que não sabe lidar com momentos emocionalmente difíceis, quando as emoções do filho estão desorganizadas.
Quando a criança entra em crise, o ambiente se transforma em uma verdadeira guerra emocional.
Esse é o pai que eu chamo de “o que reprova tudo”.
Ele reprova toda emoção negativa do filho e costuma dizer frases como:
- “Não chora.”
- “Isso não é motivo para chorar.”
- “Não faz sentido chorar assim só porque recebeu um não pelo chocolate.”
O problema é que, ao reprovar o que o filho sente, esse pai acaba machucando algo muito mais profundo: a identidade.
Todo filho deseja ser aprovado pelo pai.
As consequências aparecem no futuro. Para se proteger, esse filho aprende a esconder o que sente. Já que não pode demonstrar emoções negativas, cresce sufocando os próprios sentimentos e lidando com angústias silenciosas.
2️⃣ O pai de fuga
O segundo perfil é o pai que foge do conflito.
Quando o filho chora, faz birra ou se desorganiza emocionalmente, ele não sabe lidar com a situação e acaba cedendo.
Volta atrás. Substitui. Entrega aquilo que havia sido negado.
O que ele mais deseja é fugir do desconforto, do barulho do choro, da raiva e da frustração do filho.
Para ter paz momentânea, ele foge do conflito.
O resultado disso, no longo prazo, são adultos que evitam conversas difíceis, que sempre procuram uma rota de fuga para não encarar problemas de frente.
3️⃣ O pai super-herói
O terceiro perfil é o pai super-herói.
Ele aceita que o filho sinta emoções negativas, o que é saudável, mas também aceita o mau comportamento.
Ele se torna refém do que o filho sente.
Tudo passa a ser justificado pela emoção do momento:
- “Eu bati porque estava com raiva.”
- “Eu quebrei porque estava triste.”
Aqui está um ponto fundamental:
👉 Não é papel dos pais resolverem os problemas dos filhos, mas ensiná-los como resolver.
👉 Não é sobre eliminar emoções difíceis, é sobre ensinar como lidar com elas.
É ensinar a se comportar de forma que construa o futuro que eles merecem, aprendendo a liderar as próprias emoções.
O tempo de agir é agora
Estamos entrando em um período de férias.
Não dá mais para fingir que não vemos o que precisa ser corrigido.
O momento de entrar em ação é agora.
Não use a desculpa:
“Quando ele crescer, ele vai entender.”
Se você começar agora, evitará muitos problemas que surgem porque pequenos conflitos não foram tratados no tempo certo.
Pense nisso: uma correção feita hoje pode impactar uma vida inteira amanhã.
Não é sobre o “férias”.
É sobre emoções que precisam ser nomeadas, ensinadas e lideradas.
Disciplina com amor é fazer do jeito certo.
Assim construímos filhos com autonomia, preparo emocional, resiliência e capacidade real de lidar com a vida como ela é.
Dr. Hugo Oliveira Médico, mentor de empresários e lideres, palestrante e especialista em inteligência emocional, ajudo pessoas a desenvolverem uma vida com propósito, identidade e equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Minha missão é clara: transformar vidas através do autoconhecimento, da cura emocional e da liderança com valores.
Com uma trajetória marcada pela superação, inclusive de um câncer aos 14 anos, e uma carreira médica pautada pela excelência, combino minha formação em medicina com uma atuação intensa no desenvolvimento humano na Imersão Vida de Valor (VdV). Meu foco é despertar nas pessoas uma mentalidade imparável, inteligência emocional madura e clareza de propósito para viverem uma vida de valor.
Sou fundador do Instituto do Câncer Oliveira (@institutooliveirasc), em Joinville-SC, uma iniciativa que oferece apoio a famílias que enfrentam o diagnóstico de câncer, refletindo também meu compromisso com os princípios e valores cristãos que sustentam tudo o que faço.
Minha atuação se baseia em uma verdade essencial: uma vida que vale a pena ser vivida começa por dentro, sendo quem você é, sendo diferente, se sentindo bem e sendo inesquecível por onde passar.
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