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Meninas estudantes de ensino médio fabricarão estação meteorológica em laboratório da UFSC Joinville

Foto Divulgação UFSC

Por: Pedro Leal

11/08/2025 - 19:08 - Atualizada em: 11/08/2025 - 19:33

O Laboratório Integrado de Hidrologia, Hidráulica e Saneamento vai receber meninas estudantes de ensino médio para uma imersão científica que vai resultar na construção de uma estação meteorológica com recursos de Internet das Coisas. O espaço, localizado na UFSC Joinville, foi um dos oito contemplados, na região sul, pelo projeto Futuras Cientistas, programa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene).

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O objetivo é estimular o contato de alunas e professoras da rede pública com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática e, com isso, contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional. “Em abril, a equipe do programa começou a entrar em contato via email com professoras, pelo Brasil inteiro. Achei muito interessante a proposta e, desde lá, quis montar uma equipe totalmente feminina para receber este público”, conta a professora Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira.

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Já na execução do plano de trabalho, que começa efetivamente em janeiro de 2026, Amanara se preocupou em indicar mulheres, com duas estudantes como monitora, uma professora e uma engenheira. A equipe terá a missão de receber, orientar e sensibilizar as “futuras cientistas”. “Esta experiência desperta o interesse das alunas e professoras para as áreas de hidrologia, eletrônica e programação e ainda proporciona uma aproximação com o ambiente da universidade pública”, destaca.

A pesquisadora também considera importante, dada a proposta do programa, a ideia de trabalhar com uma equipe feminina. “É interessante observar que, em cursos de engenharias, nestas áreas, encontramos também professoras, pesquisadoras e discentes mulheres”, lembra.

Além da professora Amanara, que é a pesquisadora responsável, fazem parte do projeto a professora Simone Malutta, a engenheira Franciele Maria Vanelli e as estudantes Gabriella Arevalo Marques e Camille Andreski Pan.

Aprender fazendo

O projeto que será executado pelo grupo prevê a construção de estações meteorológicas a partir de componentes eletrônicos, além da introdução do conceito IoT (Internet das Coisas), por meio da manipulação de um aplicativo para acesso aos dados. “Este projeto permite o entendimento prático de conceitos hidrológicos, que futuramente podem ser vistos em uma graduação, mas que também já são vistos no ensino médio”, conta.

A professora explica que o kit que será recebido para as atividades é composto por sensores de temperatura, pressão atmosférica, qualidade do ar e detecção de chuva, além de outros componentes eletrônicos. A ideia é que as estudantes tenham um período de ambientação com conceitos introdutórios de programação, eletrônica e hidrologia, para entender como montar a estação e também entender o que ela estará medindo.

“Após isso, realmente entraríamos em um período ‘mão na massa’, montando as estações, todo mundo junto. Depois disso, faremos medições e interpretações destes dados. Os dados vão poder ser visualizados com a criação de um aplicativo”, comenta. Ela ainda explica que, esse tipo de kit, possibilita uma abordagem bem mais simples destas montagens. “Além de tutoriais, já existem algumas plataformas que auxiliam nesta abordagem de faça você mesmo”.

A equipe terá, ainda, uma discente do curso de engenharia civil de infraestrutura, como uma discente do curso de engenharia mecatrônica, que atuarão como monitoras. As estudantes e professoras do ensino médio inscritas receberão apoio financeiro do projeto para participar.

O cronograma de trabalhos já foi definido pelo edital do Programa Futuras Cientistas. A a imersão científica 2026 se inicia no dia 05 e se encerra no dia 30 de janeiro de 2026. No caso deste projeto, as atividades serão presenciais, no período matutino de segunda a sexta. As interessadas serão selecionadas pelo próprio programa Futuras Cientistas, em edital a ser divulgado no site e com seleção feita pelo programa.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).