Um caso inusitado marcou a rodada de quarta-feira (29) do Campeonato Paranaense. Em jogo na Vila Capanema, em Curitiba (PR), o Paraná fez uma substituição a mais que o permitido no regulamento durante o empate sem gols com o Cascavel.
O técnico Tcheco fez seis mudanças na equipe ao invés de cinco como está na regra. A exceção é o protocolo de concussão, que dá direito a uma troca extra, mas não foi o caso.
Nesta quinta-feira (30), a Federação Paranaense de Futebol (FPF) emitiu uma nota e informou que “tal medida se deve ao grave equívoco cometido na partida, em que foram realizadas seis substituições pela equipe mandante, sendo que apenas cinco trocas são permitidas”. Além disso, a Federação pontuou que “está tomando as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades”.
Além disso, a FPF afastou, por tempo indeterminado, a equipe de arbitragem, que teve o árbitro André Ricardo Martins, os assistentes Leandro Polli Glugoski e Lucas Henrique Gowatiski, o quarto árbitro Matheus Scavinski, o delegado Vinicius Santos Gregório e o assessor/inspetor Luiz Alberto Alves de Abreu.
Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o pedido de impugnação da partida ou do resultado deve partir de uma das partes envolvidas – no caso, o Cascavel – ou de outros times que tenham interesse imediato no resultado e que estão na mesma competição.
Em entrevista ao ge, o presidente do Cascavel, Valdinei Silva, defende que o Paraná perca o ponto conquistada na partida, mas é contra a anulação.
“O entendimento do FC Cascavel é que o Paraná Clube deve ser punido. No nosso entendimento, ele deve ser punido no mínimo com a perda do ponto. Não defendemos a anulação do jogo, porque beneficiaria o infrator, visto que estamos a 500 quilômetros de Curitiba, o calendário do Paranaense está super apertado. Entendemos que houve uma penalidade, o Paraná deve ser punido, e nosso departamento jurídico está trabalhando nisso”, disse.
O comandante do Paraná também se manifestou sobre a situação.
“Geralmente o quarto árbitro e o delegado da partida entregam os papéis (das substituições) para a comissão técnica. Foram passados seis papéis. Temos nossa responsabilidade e a arbitragem também. Quando faço as substituições, pergunto quantas restam e vamos de acordo com os papéis. Não vem um por um, ficam todos grudados. Não nos atentamos, não quero tirar nossa responsabilidade, mas devido ao número de papéis realizamos essa operação”, declarou.