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Ovo: Herói ou vilão? Entenda os benefícios e malefícios

Foto: Freepik

Por: Priscila Horvat

22/01/2025 - 14:01 - Atualizada em: 22/01/2025 - 14:08

O consumo de ovos é uma prática bastante comum e considerada saudável. Especialmente quando feito de forma equilibrada, é versátil, nutritivo e econômico. Um dos alimentos mais consumidos no mundo, ele também é rico em proteínas, vitaminas e minerais essenciais, uma verdadeira potência nutricional que pode trazer inúmeros benefícios para a saúde.

Porém, o consumo excessivo de ovos pode trazer alguns malefícios à saúde, especificamente quando não é balanceado com uma alimentação variada, como o aumento do colesterol, sobrecarga renal, ganho de peso, problemas metabólicos, deficiência de outros nutrientes, risco de intoxicação alimentar e desconfortos gastrointestinais.

Conversamos com a nutricionista Vanessa Di Santo sobre os principais benefícios nutricionais do ovo na dieta:

“O ovo é realmente considerado um superalimento, isso não temos dúvidas. Ele é rico em proteínas de alta qualidade, rico em aminoácidos essenciais, contém vitaminas A, D, E, K, possui colina, que melhora a memória, o zinco ajuda na imunidade, albumina que auxilia na recuperação muscular. Cada unidade tem cerca de 6 gramas de macronutrientes”, afirma Vanessa Di Santo.

De acordo com a nutricionista, estudos recentes têm comprovado que os ovos são uma ótima opção para quem busca o emagrecimento, o ganho de massa magra e até para a saúde cerebral.

Por ser uma fonte de proteína, tem uma digestão mais lenta, promovendo a sensação de saciedade, espaçando as refeições e, por isso, o consumo de albumina é associado a dietas de redução de peso.

Mas será que o consumo deste superalimento pode aumentar os níveis de colesterol no sangue ou impactar na saúde cardiovascular?

“Existem vários estudos sobre isso, ele já foi visto como vilão. O ovo é um alimento de baixo custo, versátil e muito rico nutricionalmente falando. Porém, estudos recentes indicam que o colesterol obtido por meio da alimentação tem menos influência do que se imaginava no aumento do nível de LDL, o colesterol ruim, e no crescimento de mortalidade por doenças cardiovasculares. Conforme a última diretriz brasileira sobre dislipidemia (aumento anormal de gorduras no sangue), o consumo moderado de ovo não aumenta significativamente o nível de colesterol ruim em pessoas saudáveis.”, comenta a nutricionista.

Consumo ideal

A profissional explica que, assim como qualquer outro alimento, o consumo de ovo em excesso pode causar alguma alteração na saúde, deixando a dieta comprometida com a parte hormonal e com a falta de carboidrato.

Uma dieta focada só em ovos pode acarretar deficiência nutricionais, impactando a saúde, por isso a necessidade de diversificar os alimentos, tanto para o corpo no geral quanto para seu intestino.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a ingestão diária de colesterol seja inferior a 300 mg. Para pessoas com histórico de doenças cardíacas, o limite é de 200 mg. No entanto, pesquisas recentes indicam que não há uma relação direta entre a quantidade de colesterol ingerido e os níveis de colesterol no sangue.

“Para ter uma alimentação saudável e equilibrada, é importante diversificar os tipos de gordura presentes nos alimentos. O número de unidades que podem ser consumidas varia conforme a dieta, a genética, o histórico familiar, as doenças existentes e o próprio preparo do alimento. Mas a sugestão para pessoas saudáveis que não praticam atividades físicas de alta intensidade diariamente ou esteja com alguma exceção na dieta seja de até 3 ovos inteiros dia. Lembrando que para quem consome muitos ovos ao dia é necessário fazer acompanhamento com um profissional de saúde”, finaliza a profissional.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.