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O que é câncer linfático, doença que afeta Eduardo Suplicy?

Foto: Reprodução redes sociais

Por: Priscila Horvat

29/10/2024 - 16:10 - Atualizada em: 29/10/2024 - 16:48

O linfoma não Hodgkin é uma forma de câncer que afeta os vasos e gânglios do sistema linfático, responsável pela defesa do organismo. O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), de 83 anos, revelou nesta segunda-feira (28), que está em tratamento para essa doença, que foi diagnosticada em julho deste ano.

Suplicy está recebendo imunoquimioterapia, que combina medicamentos convencionais com agentes que potencializam o sistema imunológico. Devido ao comprometimento da imunidade, ele suspendeu sua agenda pública durante o tratamento, porém, ele contou que continua suas atividades na Assembleia e também não deixou as aulas de ginástica.

“Felizmente meus exames já apresentam bons resultados. Por recomendação médica, estou com atividades públicas restritas por causa da minha baixa imunidade. Agradeço o apoio, as orações e as energias positivas para que eu possa me recuperar o mais breve possível”, afirmou o político por meio de suas redes sociais.

Diferenças entre Linfoma de Hodgkin e Não Hodgkin

Os linfomas são divididos em dois grupos: Hodgkin e não Hodgkin. Embora os nomes sejam semelhantes, eles apresentam características distintas.

O linfoma de Hodgkin costuma afetar pessoas entre 20 e 40 anos, enquanto o não Hodgkin, que possui cerca de 60 subtipos e, embora possa afetar crianças, tende a ser mais comum em indivíduos mais velhos, geralmente a partir dos 60 anos.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima aproximadamente 12 mil novos casos por ano, sendo a doença mais frequente em homens. Anualmente, cerca de 4,4 mil mortes são atribuídas a essa neoplasia. Embora não seja um tipo de câncer muito comum, sua incidência dobrou nos últimos 25 anos, especialmente entre aqueles acima de 60 anos, e as causas desse aumento ainda são desconhecidas.

Prevenção

A neoplasia que afeta Suplicy é considerada idiopática, ou seja, suas causas não são completamente compreendidas.

Portanto, não há métodos específicos de prevenção para o linfoma não Hodgkin, além de seguir recomendações gerais de saúde, como manter uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos.

O Inca também sugere evitar exposições a produtos químicos, como agrotóxicos e radiações.

Sintomas comuns

Suplicy destacou que seu linfoma foi diagnosticado em estágio inicial, o que aumenta as chances de tratamento bem-sucedido.

Os sintomas iniciais mais frequentes incluem inchaço nos gânglios, que são nódulos do sistema de defesa do corpo, localizados principalmente na virilha, pescoço e axilas.

Sintomas mais avançados podem incluir febre intensa, suor noturno excessivo, cansaço e perda de peso repentina. A anemia também pode ocorrer, embora menos frequentemente.

Tratamento

A remoção cirúrgica do gânglio inchado é frequentemente o primeiro passo para confirmar o diagnóstico por meio de biópsia, mas isso não garante a cura, uma vez que o câncer pode estar presente em outras áreas.

Os linfomas são classificados como indolentes (crescimento lento) ou agressivos (crescimento rápido).

O linfoma difuso de grandes células é o tipo agressivo mais comum e, embora exija tratamento rápido, a taxa média de cura ultrapassa 60%, dependendo do caso. O tratamento geralmente envolve quimioterapia ou radioterapia, frequentemente em combinação com outros medicamentos.

Riscos associados

Devido ao impacto no sistema imunológico, é recomendável que pacientes com linfoma evitem o contato com outras pessoas para minimizar o risco de infecções.

Uma gripe simples pode representar um grande desafio para alguém com a imunidade comprometida. Se o paciente desenvolver outras condições de saúde, pode ser necessário interromper o tratamento do linfoma até sua completa recuperação.

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