No dia 1º de outubro é celebrado o Dia do Idoso, que marca a aprovação do Estatuto do Idoso, em 2003. Com a expectativa de vida cada vez mais alta, ficou para trás, definitivamente, a ideia de que pessoas da chamada melhor idade não podem mais fazer determinadas atividades, pelo contrário.
O aumento da expectativa de vida mudou, na realidade, a visão geral sobre o envelhecimento e, hoje, toda a sociedade – não só a médica – sabe que as atividades físicas trazem bem-estar em todas as fases da vida, incluindo os chamados “60+”. Mas, para ser adepto delas, é preciso tomar alguns cuidados.
Segundo Rondinei Lima, profissional de Educação Física e Especialista em Gerontologia titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), “antes de iniciar qualquer prática de exercícios, é essencial avaliar a saúde cardiovascular e osteomuscular para garantir uma prática de movimento de forma segura”.
Para isso, uma consulta médica de rotina pode garantir que o corpo esteja pronto para o movimento. “Para quem deseja começar, a caminhada é uma excelente opção. Com apenas 15 a 30 minutos de caminhada, pelo menos cinco dias por semana, já é possível obter resultados significativos na saúde mental, além de ajudar a proteger o coração”, explica o especialista.
Além disso, atingir de 5 a 7 mil passos diários, protege o coração de eventos adversos e fatais e mais: entre os benefícios também está a melhora do bem-estar emocional, reduzindo sintomas de tristeza e desinteresse, conta o profissional.
A caminhada é uma atividade democrática e de baixo custo, mas alguns cuidados são essenciais:
- Usar tênis adequados
- Manter-se hidratado antes, durante e depois da atividade
- Ter atenção ao piso para evitar quedas.
À medida que a resistência aumenta, pequenas corridas ou atividades rítmicas, como a dança, também podem ser incorporadas, promovendo ganhos em equilíbrio e função cognitiva, como a melhora da memória, atenção e resoluções de problemas do cotidiano.
Outra recomendação importante para a melhor idade é o treinamento resistido, que utiliza o peso corporal ou objetos para gerar resistência. “Esses exercícios ajudam a melhorar a saúde óssea e muscular, prevenindo a perda desses tecidos com o envelhecimento”, destaca o especialista.
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Nesse ponto, tarefas simples do dia a dia podem ser encaradas como exercícios quando repetidas. Atividades como se levantar e se sentar novamente em uma cadeira (apoiadas na parede, para maior segurança) e torcer toalhas são atos eficazes para fortalecer músculos e aumentar a autonomia, contribuindo para uma vida mais independente. Aqui, a recomendação é “realizar três blocos de 10 a 15 repetições, com descansos de até 2 minutos entre cada uma delas”.
O profissional estes exercícios podem ser realizados diariamente e que, medidas simples como essas contribuem diretamente na prevenção de quedas e fraturas. “Torcer toalhas também ajuda no aumento de força dos braços e mãos, melhorando a habilidade de manusear objetos”.
A idade não é um impedimento para a atividade física. Com uma abordagem segura e gradual, os idosos podem explorar novas maneiras de se movimentar, garantindo a melhora da saúde física e da qualidade de vida.