10 Coisas que você precisa saber sobre a obesidade

Por: Priscila Horvat

10/10/2024 - 19:10 - Atualizada em: 10/10/2024 - 20:25

A obesidade é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas e um dos mais graves problemas de saúde em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30.

No Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, segundo dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).

A adoção de uma rotina alimentar saudável e a prática regular de exercícios físicos são fundamentais na prevenção e tratamento dessa condição. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) reuniu 10 informações essenciais sobre a obesidade, que servem como dicas e, ao mesmo tempo, como alerta para a doença. Conheça:

1 – A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal e pode acarretar graves problemas de saúde e levar até à morte. Segundo dados do IBGE, o Brasil tem cerca de 27 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a quase 75 milhões.

2 – A obesidade é diagnosticada através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Ele é feito da seguinte forma: divide-se o peso (em quilo) do paciente pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado. De acordo com o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9 kg/m2, o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9 kg/m2, sobrepeso, e acima deste valor, a pessoa é considerada obesa.

3 – Conforme a magnitude do excesso de peso pode-se, de acordo co o IMC, classificar o grau de obesidade do paciente em: obesidade leve (classe 1 – IMC 30 a 34,9 kg/m2), moderada (classe 2 – IMC 35 a 39,9 kg/m2) e grave ou mórbida (classe 3 – IMC ≥ 40 kg/m2). Essa classificação é importante na escolha do tipo de tratamento, quando deve ser clínico ou cirúrgico.

4 – A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula.

5 – A obesidade pode, também, mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão.

6 – São muitas as causas da obesidade. Em uma pessoa geneticamente predisposta, os maus hábitos alimentares e sedentarismo precipitarão o desenvolvimento da obesidade. Algumas disfunções endócrinas também podem levar ao desenvolvimento da obesidade. Por isso, na hora de pensar em perder peso, procure um especialista.

7 – Para o tratamento da obesidade, médicos podem usar fatores de risco e outras doenças para terem a noção da gravidade da situação do paciente. Por exemplo, apneia do sono, diabetes mellitus tipo 2 e arteriosclerose são doenças que indicam a necessidade de uso de medicamentos da obesidade já em pacientes com sobrepeso (IMC 25 – 29,9 kg/m2).

8 – A Lei 11.721/2008 determina que o 11 de outubro é Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data havia sido criada, há cerca de dez anos, pela Federação Latino-Americana de Obesidade, porém reconhecida, em 1999, pelo Governo Federal e instituída no Brasil, na época, com o nome de Dia Nacional de Combate à Obesidade. A World Obesity também adota o dia 11 de outubro como o dia mundial da obesidade.

9 – A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos ricos em gordura e açúcar, precipitam o aumento do número pessoas obesas, em todas as faixas etárias, inclusive crianças.

10 – Está comprovado que relacionamentos sociais e romances são menos frequentes entre obesos, já que eles saem menos de casa devido à diminuição da autoestima. Agora, uma vez existindo o relacionamento, a doença pode interferir no relacionamento sexual. Ela está relacionada à redução da testosterona, o que pode levar a redução de libido e a problemas de ereção nos homens. Já nas mulheres, existe uma redução dos níveis de hormônio feminino e aumento no nível dos masculinos. As mulheres podem apresentar aumento de pelos, irregularidade menstrual e infertilidade. As chances de todos esses problemas se resolverem, com uma perda de peso na ordem de 10%, são bem grandes.

A obesidade é um problema de saúde pública que demanda atenção e ações efetivas para prevenção e tratamento. Para mais informações e orientações, consulte sempre um profissional de saúde.

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