Como é feita a insulina: Entenda o processo

Foto: Freepik

Por: Priscila Horvat

14/08/2024 - 16:08 - Atualizada em: 14/08/2024 - 16:59

A insulina é um hormônio essencial no organismo que tem como função controlar o nível de glicose no sangue. Seu processo de fabricação revela a incrível combinação de ciência e tecnologia por trás desse elemento essencial para a saúde.

A insulina – ou a falta dela – faz toda a diferença na vida de milhões de pessoas com diabetes. Produzida pelo pâncreas, ela é um item de primeira necessidade para pacientes com a comorbidade. Sem ela, o açúcar se acumula no sangue, o que, por consequência, pode levar a uma série de problemas de saúde.

Biotecnologia na fabricação

Antigamente, a insulina era extraída do pâncreas de animais, como porcos e bois. Com os avanços tecnológicos, a produção moderna utiliza técnicas de engenharia genética para criar a versão humana em laboratório.

Esse processo envolve a inserção do gene da insulina em bactérias ou leveduras que, então, produzem o hormônio em grandes quantidades.

Tipos de insulina

Depois que a insulina começou a ser produzida em laboratório, foram criadas categorias diferentes para melhor atender a necessidade de cada paciente. Os tipos são categorizados com base no tempo de ação e duração no organismo, uma classificação essencial para atender às necessidades de cada pacientes com diabetes. Conheça:

  • Insulina de ação rápida: começa a agir no organismo cerca de 15 minutos após a injeção e dura de 3 a 5 horas. É administrada geralmente 15 minutos antes das refeições para lidar com o aumento rápido da glicose no sangue.
  • Insulina de ação curta: funciona, em média, 30 minutos após a injeção, dura de 6 a 8 horas e é usada para controlar os níveis de glicose antes das refeições, adequada para quem precisa de uma resposta mais lenta e prolongada após a ingestão de alimentos.
  • Insulina de ação intermediária: age cerca de 1 e 3 horas após a injeção e seu funcionamento dura de 10 a 16 horas. Normalmente, é administrada duas vezes ao dia para manter a glicose sob controle entre as refeições e durante a noite.
  • Insulina de ação prolongada: com 24 horas ou mais de duração, oferece uma liberação lenta do hormônio ao longo do dia, imitando a produção natural de insulina pelo pâncreas.
  • Insulina mista: tem duração entre 10 e 16 horas. Sua formulação combina insulina de ação rápida e intermediária, facilitando a rotina de quem precisa do hormônio para cobertura rápida e prolongada ao mesmo tempo.
  • Insulina de ação ultra-prolongada: começa agir no organismo, em média, de 1 a 2 horas depois da injeção, e pode durar pouco mais de 42 horas. Seu uso proporciona uma cobertura glicêmica extremamente prolongada, oferecendo flexibilidade na administração e ajuda a manter os níveis de glicose estáveis por mais tempo.

A escolha do tipo de insulina depende das necessidades individuais do paciente, incluindo os padrões de alimentação, níveis de atividade física e a capacidade de controlar os níveis de glicose no sangue. Muitas vezes, um plano de tratamento pode envolver uma combinação de diferentes tipos de insulina para alcançar o melhor controle glicêmico possível. Por isso, essa escolha envolve os hábitos de vida do paciente e a melhor indicação do médico.

O futuro da insulina: Avanços e inovações

A ciência da insulina não para de evoluir. Desde as novas formulações e tipos de insulina até os dispositivos que facilitam a administração, o futuro promete ainda mais avanços. Existem vários estudos em curso no momento para saber a eficácia de novas fórmulas e suas durações no organismo e até novos tipos de insulina, assim como outras opções de dispositivos, que sejam sem agulha.

Esses estudos estão avançam mais a cada dia, trazendo uma nova perspectiva e um novo olhar para o tratamento do diabetes, tudo para ajudar no controle glicêmico e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

 

Diabetes – A importância de controlar a glicemia

 

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