Um estudo publicado recentemente na revista Lancet destacou uma descoberta sobre a hipertensão e o acúmulo de gordura abdominal. A pesquisa analisou dados de 7,5 milhões de pessoas ao redor do mundo para avaliar a eficácia de diferentes medidas corporais na identificação de riscos de pressão alta.
Lembrando que a hipertensão é uma das responsáveis por doenças cardiovasculares, como infarto, angina, arritmia e aterosclerose e também acidente vascular cerebral (AVC).
O estudo confirma que o Índice de Massa Corporal (IMC) continua sendo uma ferramenta útil para identificar excesso de gordura e, consequentemente, hipertensão. Para calcular o IMC basta dividir o peso em quilos pela altura em metros elevada ao quadrado. O resultado enquadra as pessoas em categorias diferentes, sendo: peso normal, sobrepeso e obesidade.
A pesquisa ainda revelou que a razão entre a circunferência da cintura e a altura também é um indicador de hipertensão e outros problemas cardiovasculares.
A análise, que combinou dados de mais de 800 estudos realizados entre 1990 e 2023, mostrou que tanto o IMC quanto a razão cintura/altura estão associados a uma maior probabilidade de pressão alta em diversas regiões do mundo.
A gordura visceral, que se acumula ao redor dos órgãos abdominais, é especialmente perigosa, aumentando o risco de doenças cardíacas e diabetes tipo 2.
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Por isso, atitudes simples, como medir a circunferência da cintura, pode ajudar a identificar essa gordura prejudicial, mesmo em pessoas que têm um IMC considerado normal.
Para realizar essa medição, é necessário utilizar uma fita métrica ao redor da cintura, na altura do topo do osso do quadril. Mulheres com cintura maior que 88 cm e homens com mais de 102 cm estão em maior risco de problemas de saúde associados à gordura visceral. Para pessoas com descendência asiática os valores de referência são menores, 80 cm para mulheres e 90 cm para homens.
A pesquisa ressalta a importância de medidas simples e acessíveis para identificar riscos de saúde. Também é válido seguir as recomendações médicas básicas, como a prática regular de exercícios físicos, hidratação adequada e uma dieta balanceada para prevenir condições graves associadas à hipertensão e à gordura visceral.