Sabrina Gomes, uma jovem de 24 anos de Fortaleza, enfrenta uma batalha de dez meses para conseguir um medicamento de alto custo que pode melhorar sua saúde, afetada por um raro tumor no tórax, chamado timoma, e pela Síndrome de Cushing.
A dupla condição de saúde de Sabrina tem apresentado graves sintomas, incluindo dificuldades respiratórias, insuficiência renal, hipertensão e hiperpigmentação da pele, que alterou sua tonalidade.
Cada dose do medicamento lutécio, recomendado pela sua equipe médica, custa cerca de R$ 32 mil, e ela necessita de quatro aplicações para tentar controlar a progressão da doença.
Diagnosticada na adolescência, Sabrina vive com um excesso do hormônio ACTH, produzido pelo timoma, resultando em níveis elevados de cortisol e complicações significativas.
Mesmo após passar por tratamentos convencionais, como quimioterapia e cirurgias, o estado de saúde da jovem se deteriorou, levando os médicos a indicarem o lutécio radioativo como uma possível solução.
Em março de 2024, uma decisão judicial obrigou a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (Sesa) a fornecer o medicamento, mas a entrega tem sido dificultada por entraves administrativos.
A Sesa justifica que o lutécio não está incluído nos tratamentos oferecidos pelo Sistema único de Saúde (SUS), o que exige um processo de aquisição mais demorado.
Apesar de uma nova ordem judicial para acelerar a compra, a situação de Sabrina continua indefinida.
Sua equipe médica vê o lutécio como uma “luz no fim do túnel”, aguardando ansiosamente a liberação do medicamento para proporcionar uma melhora na qualidade de vida da jovem.