SC registra o menor índice de mortes em 14 anos

Foto: Fábio Junkes/OCP News

Por: Ewaldo Willerding Neto

05/01/2022 - 14:01 - Atualizada em: 05/01/2022 - 14:37

Os números de mortes violentas em Santa Catarina caíram 9% em comparação com o ano anterior. A PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) forneceu o relatório nessa quarta-feira (5). O ano de 2020 já tinha apresentado queda em comparação com os anos anteriores, o que reflete no melhor número dos últimos 14 anos.

As mortes violentas contemplam homicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de ação policial (militar ou civil). Os números de roubos também mostraram quedas seguidas nos últimos dois anos.

Os registros das mortes violentas intencionais caíram de 811 em 2020 para 738 ocorrências em 2021. A média dos últimos anos (2008 a 2019) era de 921. As regiões policiais militares (RPM) em Balneário Camboriú e Florianópolis apresentaram as maiores quedas, de quase 30%. As mortes em decorrência de intervenção policial também reduziram 21%.

 

Ilustração/PMSC

 

 

Das vítimas, cerca de 66% tinham algum envolvimento em ocorrências policiais como autor de crime e 40% tinham vinculação com facções criminosas. Os feminicídios, que decorrem de assassinatos decorrentes de gênero, apresentaram a maior queda, de 84 para 66, uma redução de 21% em comparação com 2020.

Menores taxas de homicídios

As três cidades com menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes, dentre os 30 municípios mais populosos em Santa Catarina, são Gaspar, Mafra e Jaraguá do Sul. Nos crimes contra o patrimônio, o número de roubos (com emprego de violência) baixou 5% em comparação com 2020 e 27% em relação a 2019. Já os furtos (sem violência) mantiveram estáveis nos dois últimos anos, mas com queda de 18% comparado a 2019.

Para o comandante-geral da PMSC, coronel Marcelo Pontes, o trabalho integrado do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, com PMSC, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Científica, é um fator que tem colaborado nas ações coordenadas.

“Trabalhar de forma integrada e focar nas ações preventivas tem nos auxiliado a reduzir esses índices. Destaque para o trabalho da Inteligência policial que serviu de suporte para as ações operacionais devidamente planejadas, as ações internas visando à qualificação dos policiais militares com a realização de Encontros Técnicos e cursos de especialização, os investimentos em viaturas, armamentos e equipamentos foram algumas das ações importantes na prevenção e na repressão aos crimes violentos”, finalizou o coronel Pontes.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.