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Saiba o que é um tsunami e como se forma

Foto: David Rydevik/Wikimedia Commons

Por: Ewaldo Willerding Neto

30/07/2025 - 09:07 - Atualizada em: 30/07/2025 - 09:45

Os tsunamis, como o ocorrido nesta terça-feira no Oceano Pacífico, são ondas gigantes que se formam nos oceanos em decorrência de abalos sísmicos, e outros fatores associados ao tectonismo, bem como por causas externas, como queda de meteoritos. Essas ondas se deslocam em alta velocidade e têm comprimento entre 100 km e 500 km. À medida que se aproximam da costa, perdem velocidade e ganham altura, que fica de 30 m a 40 m. Os tsunamis possuem elevado potencial de destruição, como observado na Indonésia, em 2004, e no Japão, em 2011.

O que é um tsunami?

Tsunami, palavra de origem japonesa que significa “onda de porto” (tsu = porto; nami = onda), é uma onda gigante que se forma no oceano por meio de grandes perturbações nas águas, que podem ter origens diversas, desde movimentos tectônicos no assoalho oceânico até mesmo o impacto de um meteorito. Os tsunamis têm elevado potencial destrutivo e podem trazer consequências avassaladoras para as áreas atingidas.

Causas de um tsunami

Fonte: Brasil Escola

Os tsunamis se formam por meio de distúrbios causados nos oceanos (ou no fundo dos oceanos), que liberam grande quantidade de energia, suscitando o deslocamento de grandes volumes de água. Esses eventos podem estar associados a fatores geológicos da área ou a fatores exógenos, a exemplo da queda de meteoritos.

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Os fenômenos de ordem tectônica são as principais causas das ondas gigantes características dos tsunamis, principalmente abalos sísmicos que se originam no assoalho oceânico. Sua ocorrência é mais comum em áreas de instabilidade tectônica, em que há o encontro de diferentes placas, o que caracteriza, assim, uma zona de falha.

O vulcanismo é também outro fator gerador de tsunamis, embora ocorra com menor frequência. A atividade vulcânica nesse caso pode se dar tanto no fundo dos oceanos quanto nas zonas costeiras, como a destruição da caldeira vulcânica durante o processo de erupção e o consequente deslizamento de grandes quantidades de detritos para o mar, ou, ainda, o fluxo propriamente dito de lava e outros materiais.

Deslizamentos de terra (ou avalanches) que acontecem em profundidade, nas áreas mais íngremes do assoalho oceânico, podem provocar também a propagação de energia para a formação dos tsunamis. Outros eventos que acarretam a entrada de grandes volumes de materiais no oceano e deslocam enormes quantidades de água têm, da mesma forma, potencial para gerar ondas gigantes.”

 

Características de um tsunami

Os tsunamis têm comprimentos de onda que variam de 100 km a 500 km, enquanto as ondas comuns chegam a algumas centenas de metros. A sua amplitude (medida da onda acima da água parada, que corresponde à posição de equilíbrio) é pequena e variável na escala de metros.

Outra característica importante dos tsunamis é a sua elevada velocidade em mar aberto. Nessas áreas, as ondas se deslocam em até 890 km/h. À medida que se aproximam da costa, isto é, avançam sobre áreas mais rasas, os tsunamis perdem velocidade e ganham altitude, atingindo de 30 m a 40 m. Há, no entanto, registros de ondas que chegaram a 50 metros de altura.

Esse fenômeno possui altíssimo poder de destruição, uma vez que as ondas se quebram violentamente quando chegam no litoral e suas águas conseguem avançar, ainda, centenas de quilômetros sobre as áreas atingidas.

Em 2011, um terremoto de magnitude 9, seguido por tsunami provocou destruição em Fukushima, no Japão | Foto: Wikimedia Commons / Flipar

10 piores tsunamis da história

O Círculo de Fogo, no oceano Pacífico, é a região do planeta mais suscetível à ocorrência de tsunamis, uma vez que consiste na área de maior instabilidade tectônica da Terra. No entanto, o fenômeno não se restringe somente a essa área. Conheça os 10 piores tsunamis já registrados.

  • Sumatra (Indonésia), 2004: causado por um terremoto de magnitude 9.1, que gerou ondas de 50 metros de altura. Um total de 230 mil pessoas perderam suas vidas.
  • Fukushima (Japão), 2011: gerado pelo pior terremoto da história do Japão, de magnitude 9.1. As ondas que atingiram a costa japonesa chegaram a 10 metros de altura. Algumas fontes mencionam ondas de até 15 metros. Entre suas consequências estão o acidente nuclear de Fukushima e 18.000 vítimas entre mortos e desaparecidos.
  • Lisboa (Portugal), 1755: causado por um terremoto que gerou ondas de 30 metros. Cerca de 60 mil pessoas morreram no país e também na Espanha e no Marrocos.
  • Krakatoa (Indonésia), 1883: ocasionado pela explosão da caldeira vulcânica do Anak Krakatoa, formando ondas de 37 metros. Considerando a erupção e a ação violenta das águas, 40 mil pessoas morreram.
  • Enshunada Sea (Japão), 1498: gerado por um terremoto, fez um total de 31 mil vítimas.
  • Nankaido (Japão), 1707: gerado por um terremoto, seguiram-se ondas de 25 metros. O número de vítimas foi 30 mil.
  • Sanriku (Japão), 1896: formado por um terremoto, as ondas chegaram a 38 metros. Um total de 22 mil pessoas foram vítimas no Japão, e outras quatro mil na costa leste chinesa.
  • Arica, 1868: na época a província pertencia ao Peru, mas hoje integra o território chileno. O tsunami, com ondas de 21 metros, foi causado por terremotos. Fez 21 mil vítimas e reverberou por outros países, como a Austrália.
  • Ilhas Ryukyu (Japão), 1771: gerado por terremoto e vitimou cerca de 12 mil pessoas. As ondas ultrapassaram 10 metros.
  • Baía de Ise (Japão), 1586: terremoto seguido por ondas de seis metros. Fez oito mil vítimas.

Diferenças entre tsunami e maremoto

Os maremotos são abalos sísmicos que ocorrem no assoalho oceânico, gerando a movimentação anômala das águas e podendo dar origem a grandes ondas, que se propagam pelo oceano. A depender da quantidade de energia liberada, as ondas podem atingir proporções gigantescas e se deslocarem a altíssimas velocidades em mar aberto, o que caracteriza os tsunamis. Os tsunamis são, portanto, uma das possíveis consequências dos maremotos.

* Com informações do Portal BrasilEscola

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.