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O promotor titular da 4ª Promotoria de Justiça de Jaraguá do Sul, Marcio André Zattar Cota, pediu, nesta segunda-feira (28), que seja aberto um inquérito policial para apurar a tentativa de homicídio contra um jovem de 18 anos. A vítima se envolveu em uma briga ocorrida no último sábado (26), na frente de uma casa noturna na rua Reinoldo Rau, no Centro, em Jaraguá do Sul.
Toda a agressão foi registrada por um vídeo que mostra que, após levar diversos socos e chutes na cabeça, um dos envolvidos fica desacordado. O Corpo de Bombeiros Voluntários foi chamado para atender o rapaz às 4h17. Segundo a corporação, o jovem tinha uma concussão, ferimentos e sangramento no rosto. Após os primeiros socorros, a vítima foi levada em estado estável pelos bombeiros para o Pronto-socorro do Hospital São José.
“Para mim, três ou quatro pessoas chutando a cabeça de uma pessoa é tentativa de homicídio. A Polícia Militar fez a identificação dos principais envolvidos na ocorrência durante o fim de semana e repassou as informações para o Ministério Público e para a Polícia Civil. Nesta terça-feira, o delegado regional Adriano Spolaor vai nomear um delegado para presidir o inquérito”, afirma Cota.
Durante duas semanas, as polícias Militar, Civil e o Ministério Público realizaram reuniões para resolver problemas na segurança pública ocorridas nas proximidades de uma casa de shows no bairro Água Verde e de um posto de combustíveis às margens da BR-280. O foco dos encontros eram os frequentes registros de perturbação da ordem pública, brigas e também do consumo de drogas nas imediações dos dois estabelecimentos durante os fins de semana.
“Havia sérios problemas de segurança pública ocorrendo naquela área. Os proprietários dos dois estabelecimentos acataram todas as recomendações feitas pelo Ministério Público, pelas polícias Militar e Civil. A gente não esperava que esse problema migraria para o Centro”, afirma o promotor, ao ressaltar que a responsabilidade do produtor da festa sobre a confusão ocorrida no sábado também será investigada.
Uma reunião com o comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, Márcio Leandro Reisdorfer, o delegado regional, o promotor e o dono da casa noturna localizada na rua Reinoldo Rau será marcada nos próximos dias.
Momentos de tensão
Moradora há quatro anos de um prédio localizado na Reinoldo Rau, no Centro, Maria Madalena Almuas, 34 anos, e a filha, 12, presenciaram a briga generalizada. A ação durou poucos minutos, mas foi o bastante para incomodar sua noite de sono, importante para se recuperar das seções de quimioterapia e combater o linfoma diagnosticado há cerca de quatro anos.
“Eu acordei meio desnorteada com aquela gritaria. Eu estava dormindo na sala com a sacada aberta por causa do calor e fui ver o que estava acontecendo. Devia haver uns 20 moleques brigando e eles [seguranças] poderiam intervir, até porque não é primeira vez que há brigas ali”, destaca.
Ela explica que os seguranças da casa noturna interferiram em uma situação anterior, quando um rapaz foi agredido com uma garrafada na cabeça. Para Maria, uma intervenção com spray de pimenta poderia fazer com que a confusão dispersasse.
“Desta vez, eu olhei aquela situação e achei que todos iriam se matar. Um rapaz caído no chão, ninguém fazendo nada e eles continuaram brigando. Quando a polícia chegou, eles começaram a ir para as ruas laterais”, conta.
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