A Polícia Federal de Joinville, deflagrou na manhã desta quarta-feira (23), uma operação contra suspeitas de desvio de dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O crime teria sido cometido por servidores públicos do estado e em benefício de uma construtora de Jaraguá do Sul que foi contratada para a construção de um ginásio de esportes numa escola estadual de Ensino Médio.
A investigação começou depois de uma notícia de que as obras estavam paralisadas, o que gerou a desconfiança de um grupo de servidores que foi até o Ministério Público Federal (MPF) denunciar a ação. O contrato em questão é de mais de R$ 6 milhões mas os prejuízos aos cofres públicos ainda serão contabilizados. Cerca de 20 policiais participaram da operação.
Entenda o crime
Conforme a PF, o grupo investigado fraudou as medições da obra para dar a impressão de que a construção estava em andamento, o que gerou o pagamento adiantado das parcelas do contrato para a empresa executora do projeto. Em abril de 2014, essas medições apontavam que mais de 48% do projeto já tinham sido executados, sendo que a obra não tinha nem começado. Além disso, partes do projeto de execução não foram cumpridas, e mesmo assim a empreiteira teria recebido pelas obras, fato apontado por um laudo pericial da Polícia Federal que constatou as divergências.
No total foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Jaraguá do Sul e um Imbituba, onde mora um dos suspeitos. A investigação é comandada pelo delegado Alexandre de Andrade Silva.
Quem são os envolvidos?
Nossa equipe de reportagem tentou contato com o delegado do caso para prestar mais esclarecimentos, porém não obteve retorno do mesmo. Em uma rápida busca pelo portal da transparência, a suposta construtora foi localizada, no telefone fixo, não fomos atendidos. Também procuramos informações sobre o caso na ADR, que já existia na época e com toda certeza teve informações sobre a obras, mas lá, o responsável pelo setor de infraestrutura não se encontrava e para um funcionário que nos atendeu disse via whatsapp que não sabia do teor das investigações.
Ao que tudo indica, a operação diz respeito a construção da Escola Estadual do Tifa Martins, que era para ter sido entregue em 2013 e ainda não foi finalizada.
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