Pai de taxista morto fica aliviado com prisão, mas revoltado com versão dos suspeitos

"Daí, o assassino fala que o rapaz devia dinheiro por droga. É muito simples, pois ele não está aqui para se defender", destaca Nelson

Por: Claudio Costa

28/08/2018 - 10:08 - Atualizada em: 28/08/2018 - 17:02

A notícia da prisão dos irmãos Patrick e Jonatan Machado Fuckner foi um alívio para a família do taxista jaraguaense Allan Tietz, morto durante um latrocínio cometido pela dupla em novembro de 2017. O também taxista Nelson Tietz, pai de Allan, agradeceu o esforço da Polícia Civil na captura dos suspeitos, ocorrida em Curitiba, nesta segunda-feira (27).

Apesar de ficar aliviado por saber que os dois estão na cadeia, ele se revoltou com a acusação de que o filho tinha uma dívida de drogas.  “Eu e a minha família ficamos tranquilos. Sabemos que não usava drogas. Nada contra quem usa, pois cada um faz o que quer da sua vida, né? Mas, se usa, fique lá no canto dele e não atrapalhe a vida dos outros, assim como atrapalharam a nossa”, salienta. “Se o meu filho usasse ou vendesse alguma coisa, a polícia já saberia”, emenda.

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Tietz questiona também o fato da dupla negar que houve latrocínio. “Daí, o assassino fala que o rapaz devia dinheiro por droga. É muito simples, pois ele não está aqui para se defender”, relativiza.

O taxista contesta a versão de que os dois não contrataram o serviço de táxi. Tietz lembra que houve uma negociação no dia do crime e que os irmãos Fuckner procuraram por outros taxistas e motoristas de Uber para realizar a corrida, que eles diziam ser para um velório, e que se negaram a fazê-la.

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A dupla era bastante conhecida dos motoristas. “Eles estão falando tudo isso, mas tem as gravações pelo Whats. Durante a conversa, eles perguntaram se teriam que pagar a corrida em dinheiro ou se iriam pagar na maquininha de cartão. Eles não têm como dizer o contrário”, finaliza.