Após nove meses foragidos, foram presos na manhã de desta segunda-feira (28), em Curitiba (PR), os irmãos Patrick e Jonatan Machado Fuckner. Eles são os principais suspeitos da morte do taxista jaraguaense Allan Jordan Tietz, 24 anos, crime ocorrido em novembro do ano passado e que teve enorme repercussão na região pelo rastro deixado pelos assassinos.
Tietz teria sido contratado pelos irmãos para fazer uma corrida até Curitiba, mas em algum ponto entre Joinville e Garuva, foi assassinado, seu corpo jogado em uma estrada do interior foi encontrado quase uma semana depois, e seu carro, roubado, foi abandonado na capital paranaense.
O delegado Leandro Sales, titular da Divisão de Furtos e Roubos (DFR), relata que os dois tratam o assunto com frieza e adotaram um tom de deboche durante o depoimento realizado na Delegacia de Polícia Civil de Jaraguá do Sul. A dupla confessou a autoria do crime ocorrido em novembro de 2017, em Garuva.
Sales conta que a dupla tinha certeza de que não seria localizada pela polícia, apesar de não ter recursos nem para onde fugir. Os integrantes da equipe da Divisão de Furtos e Roubos tinham certeza de que eles sempre estiveram escondidos nas mesmas regiões.
“Chama a atenção a frieza com que tratam do assunto. Estavam muito tranquilos. Em alguns momentos, mostravam um certo sorriso, aparentemente um certo deboche. Isso causa mais repulsa por causa da gravidade do fato e a forma como a vítima foi executada”, destaca. “Eles estão absolutamente tranquilos e não demonstram remorso pelo fato”, completa.
A prisão aconteceu após a chegada da informação de que os dois suspeitos estavam em uma favela perigosa localizada na região central de Curitiba, a Vila Parolin. Os dois estavam vivendo de pequenos delitos e eram monitorados pela Divisão de Furtos e Roubos da Polícia Civil do Paraná.
“A Divisão de Furtos e Roubos fez o mapeamento de áreas suspeitas, onde eles poderiam ser encontrados, e se dedicaram muito a esse caso. A gente agradece a troca de informações com a polícia paranaense. Sem a ajuda deles, seria impossível a localização desses indivíduos”, ressalta.
Os agentes fizeram pelo menos oito diligências até Curitiba na tentativa de checar as informações que chegavam. As principais denúncias partiam de taxistas e motoristas do aplicativo da Uber, que realizavam constantes denúncias e, com o apoio da polícia paranaense, realizavam as ações.
Os agentes também buscaram os dois nas cidades de Brusque, Garuva e outras cidades do Paraná e Santa Catarina.