Uma operação para combater o comércio irregular de insumos agrícolas foi realizada na última quinta-feira (25) nos municípios de Corupá e Jaraguá do Sul.
De acordo com Matheus Mazon Fraga, gestor da divisão de fiscalização de insumos agrícolas da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), “a denúncia se baseava por pessoas e uma empresa que estariam comercializando agrotóxicos”.
Alguns indícios foram colhidos na operação, mas ninguém foi preso. ‘’Nós montamos uma operação conjunta com diversos órgãos’’, explica Fraga, acrescentando que receberam algumas denúncias por meio do canal de ouvidoria.
Responsável pela Cidasc de Corupá, o engenheiro agrônomo Marcelo Tofol cita que a operação se concentrou nos bairros Rio Paulo, Pedra de Amolar, Centro, Rio Novo, em Corupá, e no Jaraguazinho, em Jaraguá do Sul. Ministério da Agricultura, Cidasc, Secretaria da Fazenda e Polícia Ambiental de Joinville participaram da operação.
O motorista que fazia o transporte e entrega dos produtos acabou entregando o esquema após ser questionado sobre as denúncias de bananicultores. Um comércio ao lado de um posto de gasolina às margens da BR-280, em Corupá, foi vistoriado pela operação. O estabelecimento, inclusive, ainda nem foi inaugurado, porém nada suspeito foi encontrado.
Venda irregular, sem nota fiscal
Segundo Tofol, o agricultor “inocentemente” comprava o produto falsificado. “O fertilizante não chega a matar as plantas”, disse Marcelo, explicando que a venda era feita de forma irregular, sem a emissão de nota fiscal.
‘’Em Jaraguá do Sul, foram multadas três pessoas. Em Corupá, nenhuma foi multada, apenas notificamos’’, destacou. Os agricultores que ainda não apresentaram comprovante de compra do produto têm até 15 dias para encaminhar à Cidasc. “Caso não enviem, será aplicado um auto de infração”, salienta.
Segundo as investigações conduzidas nos últimos meses, um entregador levava os fertilizantes do comerciante até os agricultores, por meios próprios. Os produtos eram comercializados sem nota fiscal. “Os fertilizantes eram falsificados. Os agrotóxicos, não. Porém ainda não se sabe a procedência deles”, disse Marcelo. A Cidasc continua investigando as denúncias.