Mulher estuprada por idoso em Joinville pode ter sido hipnotizada? Especialista responde

Idoso foi preso após estuprar funcionária de loja em Joinville | Foto: Reprodução Redes Sociais

Por: Claudio Costa

28/10/2020 - 17:10 - Atualizada em: 28/10/2020 - 17:38

Uma jovem de 24 anos foi vítima de um estupro em Joinville. O idoso de 70 anos acusado de cometer o crime foi preso.

Após o crime, a polícia chegou a levantar a hipótese de que a funcionária da loja hipnotizada, mas isso seria possível? De acordo com um hipnólogo, não.

 

 

Eliomar Alano é hipnoterapeuta e explica que a hipnose é um estado natural da mente humana, onde as pessoas estão com o foco e concentração externos em algo.

Ele conta que todo ser humano passa cerca e 80% do seu dia nesse estado.

De acordo com Alano, o mesmo acontece quando nós assistimos um filme. Nós nos emocionamos, rimos e choramos mesmo sabendo que é apenas um filme, ou seja, entendendo que aquela situação não é real.

“Não, em hipótese alguma é possível subjugar, aliciar ou fazer mal alguma pessoa utilizando a hipnose. É preciso ter clareza do processo, a pessoa precisa aceitar aquilo e confiar. Não é possível fazer mal a alguém porque não existe nenhum controle mental sob a pessoa”, destaca.

O especialista destaca que a hipnose por si só não é uma terapia, mais sim uma ferramenta utilizada na terapia para atingir determinados objetivos.

Dominação mental

Alano afirma que a técnica permite acessar a mente subconsciente e para quebrar padrões, crenças limitantes, além de ressignificar traumas e bloqueios.

O hipnoterapeuta conta que a hipnose é usada no tratamento de doenças psicossomáticas, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, vícios, fobias e até diabetes do tipo 2.

A técnica também pode ser aplicada como apoio para aumento de foco, produtividade e melhora de desempenho.

“Enfim, a hipnose possui uma Infinidade de benefícios e não existe nenhum tipo de risco, pois é completamente natural e seguro, podendo ser uma opção eficiente em diversas situações”, sintetiza.

Ritual e estupro

Em entrevista ao OCP, a delegada titular da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente à Mulher e ao Idoso) de Joinville, Claudia Cristiane Gonçalves de Lima, destaca que o idoso entrou na loja de roupas com a desculpa de evangelizar a vítima.

O vídeo de segurança do estabelecimento mostra o criminoso realizando uma espécie de ritual. A funcionária da loja ficou sob o controle mental do estuprador.

“A gente percebeu pelo vídeo e pelo estado emocional da moça que ele dominou a mente dela de alguma forma, utilizando alguma técnica. Ele fez uma espécie de ritual, mandou ela escrever três frases, mandou ela repetir algumas coisas que não lembra exatamente o que era”, descreve.

O hipnólogo explica que é difícil afirmar com exatidão o que pode ter sido utilizado pelo estuprador.

Segundo ele, o idoso pode ter feito alguma técnica de persuasão com algum tipo de substância química que deixasse a pessoa vulnerável e até com perda de sentido em alguns momentos.

“Mas uma coisa é certa, não há possibilidade da hipnose ter sido usada neste caso”, finaliza Alano.

 

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