Jaraguá do Sul contabiliza 27 focos de Aedes aegypti em cinco meses

Por: OCP News Jaraguá do Sul

29/05/2017 - 10:05 - Atualizada em: 29/05/2017 - 22:19

Foto: Eduardo Montecino/Arquivo OCP
Reportagem de Dyovana Koiwaski para o jornal O Correio do Povo.

Até a última quinta-feira (25), foram encontrados 27 focos de Aedes aegypti em Jaraguá do Sul. São 20 a mais se comparado com o mesmo período do ano passado, quando apenas sete focos haviam sido detectados. No Estado, o índice está 16% acima do registrado em 2016, com 6.281 focos em 128 municípios.

Dos focos encontrados no município, 11 foram identificados na Ilha da Figueira, cinco no Baependi, dois no Centro e um em cada bairro: Água Verde, Barra do Rio Cerro, Centenário, Chico de Paulo, Jaraguá 84, Nereu Ramos, Três Rios do Norte, Vieira e Vila Nova.

Entretanto, a ocorrência da doença tem se mantido baixa. Foram 19 casos suspeitos descartados e dois ainda aguardam pelo resultado dos exames. No ano de 2016, Jaraguá do Sul tinha três casos confirmados para dengue neste período. Também não houve registro de zika e chikungunya, transmitidas pelo Aedes. No Estado, o levantamento de casos confirmados de dengue está 88% abaixo do que no ano passado, totalizando apenas seis casos positivos de dengue.

Segundo a agente de endemias da Secretaria de Saúde, Michelli Grasiela Pinheiro, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) ainda não identificou um fator específico para o aumento de focos e diminuição dos casos. “Com o frio, a tendência é que detecção dos mosquitos diminua. No momento, os agentes estão trabalhando nos bairros onde os focos foram encontrados, visitando semanalmente os locais”, comenta Michelli.

A maioria dos focos foi detectada entre as 624 armadilhas espalhadas pelo município. De acordo com a agente, a grande parte está localizada em empresas que recebem veículos vindos de diferentes cidades. “A vistoria é feita toda semana, pois, este tempo de sete dias é o estimado para a larva do Aedes aegypti evoluir e se transformar em mosquito”, observa.

Outros 156 pontos estratégicos são verificados quinzenalmente. Estes são considerados de risco para o acúmulo de água, como cemitérios e ferros velhos. Para evitar os casos de dengue, a secretaria vem realizando palestras onde há concentração de focos. Quatro já foram feitas em escolas do bairro Ilha da Figueira. “É com a orientação que pretendemos prevenir a dengue. Cada família, comerciante e empresário precisa fazer sua parte e não formar depósitos de água de parada”, destaca Michelli.

Do total de casos confirmados em Santa Catarina nestes primeiros cinco meses, um é autóctone, com transmissão dentro do Estado, três são importados (transmissão fora do estado) e dois permanecem em investigação.