Irmã e sobrinho contam como foi incêndio que vitimou homem em Massaranduba

Por: Claudio Costa

24/10/2017 - 22:10 - Atualizada em: 25/10/2017 - 09:51

Encontrado no chão, próximo da porta de entrada de sua residência, José Krawulski, 54 anos, morreu carbonizado às 2h30 desta terça-feira (24) em um incêndio na estrada Segundo Braço do Norte, no bairro Alto Guarani-mirim, em Massaranduba, no Norte catarinense.

De acordo com o subcomandante dos Bombeiros Voluntários de Massaranduba, Felipe Gabriel Mangini Correia, quando os vizinhos perceberam o incêndio, a casa já estava consumida pelas chamas. “Não havia mais o que ser feito. Quando nós chegamos, o fogo já estava bem reduzido porque grande parte do combustível já havia queimado”, explica Mangini. O Instituto Geral de Perícias foi até o local para realizar a perícia, mas a causa do início das chamas ainda não foi esclarecida.

Luzia Cardoso, irmã de José, mora nos fundos da casa atingida pelas chamas. Ela relata que a residência não tinha ligação de energia, pois o morador havia deixado de pagar a conta de luz há pelo menos três meses. Luzia conta que acordou com o estalo das telhas de Eternit e os gritos do irmão. “Eu estava dormindo e escutei ele gritar. Nisso, eu fiquei de pé e chamei o meu filho para ver o que estava acontecendo. Quando ele veio, o fogo já estava pra cima do telhado. Daí, eu chamei os bombeiros. Não adiantou a gente fazer nada porque o fogo estava tomando conta de tudo”, lembra.

Incêndio residencial ocorreu na estrada Segundo Braço do Norte | Foto Claúdio Costa/OCP

Apesar do fogo que consumia a residência, José não gritou por socorro. Ele apenas pronunciava um som que se aproximava do fonema “irri”. De acordo com Luzia, o irmão estava “meio aéreo” antes do incidente. “Ele não estava de bem com a vida desde domingo. Na terça-feira, eu pedi se ele queria comer alguma coisa, mas ele disse que não queria nada. Daí, eu trouxe um prato de comida e ele aceitou”, conta a dona de casa.

Sobrinho da vítima, Maurício José Cardoso explica que pouco pode fazer no momento do incêndio. Ele comenta que o fogo estava muito forte e que a principal preocupação de todos era saber se José havia conseguido sair da casa, mas logo perceberam que ele estava dentro do imóvel em chamas. “Eu vim pra fora para ver se conseguia ver o meu tio, pra ver se ele havia conseguido sair. Eu só consegui correr e tirar o cachorrinho. Mas não consegui fazer mais nada”, comenta.