Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Foto: Reprodução/Redes sociais

Por: Luana Maia

30/09/2024 - 14:09 - Atualizada em: 30/09/2024 - 14:56

O cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com informações do programa Fantástico, da Rede Globo, exibido neste domingo (29), a Operação Integration foi realizada pela Polícia Civil de Pernambuco.

Gusttavo teve a prisão preventiva decretada e depois revogada pela Justiça de Pernambuco.

O indiciamento, de acordo com o programa, aconteceu no dia 15 de setembro.

O Ministério Público vai decidir se denuncia ou não o cantor à Justiça.

A operação investiga o esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro por meio de casas de apostas (bets).

Existem 53 pessoas investigadas, entre eles, bicheiros, empresários e a influenciadora digital Deolane Bezerra.

De acordo com o programa, os policiais encontraram R$ 150 mil em um cofre na sede da Balada Eventos, empresa de shows de Gusttavo Lima em Goiânia.

Ainda de acordo com a reportagem, foram encontradas 18 notas fiscais da GSA Empreendimentos, também do cantor. Elas totalizariam mais de R$ 8 milhões.

Em nota enviada ao programa da Rede Globo, a defesa do cantor informando que o dinheiro no cofre era para pagamento de fornecedores.

Em relação às nota sequenciais, os valores foram declarados e os impostos, pagos.

A defesa afirma ainda que o contrato com a empresa tinha cláusula anticorrupção e foi suspenso.

Entenda o caso

Em 23 de setembro de 2024, Gusttavo Lima teve sua prisão preventiva decretada por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro oriundo de jogos ilegais.

Ele também é investigado de ter ajudado outros alvos da polícia, o dono de uma bet e sua mulher, a escaparem da Justiça durante viagem à Grécia, após a operação ser deflagrada.

Lima era o garoto-propaganda de outro site de apostas, a Vai de Bet.

A suspeita da polícia é de que a Balada Eventos, empresa de Lima, também fazia um esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais.

A investigação cita duas transferências de dinheiro, uma em abril (R$ 4,819 milhões) e outra em maio do ano passado (R$ 4,947 milhões).

Gusttavo também foi acusado de ocultar a propriedade de um avião, ao vender uma aeronave para José André da Rocha Neto, dono da Vai de Bet.

No dia seguinte, 24 de setembro, um desembargador revogou a ordem de prisão.

Também determinou o afastamento da suspensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo, bem como de eventual porte de arma de fogo, e demais medidas cautelares que haviam sido solicitadas contra o cantor.

Gusttavo Lima estava fora do País cumprindo compromissos profissionais na ocasião da ordem de prisão.

Ele retornou ao Brasil na quarta-feira (25), e, na sexta-feira (27), fez um show em Marabá, no Pará, em que fez um comentário ao público que soa como referência à situação.

“Faça o certo, o errado todo mundo já faz. Seja honesto. Quando o mundo ameaçar cair sobre o teu lado, a tua honestidade te salvará. Seja certo, seja justo, seja honesto, para que quando tudo parecer desmoronar, só tua honestidade te salvará. Obrigado a cada um de vocês pelo carinho e pela presença”, disse ele.

*Com informações do Correio Braziliense

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Luana Maia

Estudante de jornalismo e estagiária do OCP News