O cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com informações do programa Fantástico, da Rede Globo, exibido neste domingo (29), a Operação Integration foi realizada pela Polícia Civil de Pernambuco.
- Polícia combate lavagem de dinheiro de máfia italiana no Brasil
-
Governo de SP publica decreto para destinar dinheiro do crime organizado para a segurança pública
Gusttavo teve a prisão preventiva decretada e depois revogada pela Justiça de Pernambuco.
O indiciamento, de acordo com o programa, aconteceu no dia 15 de setembro.
O Ministério Público vai decidir se denuncia ou não o cantor à Justiça.
A operação investiga o esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro por meio de casas de apostas (bets).
Existem 53 pessoas investigadas, entre eles, bicheiros, empresários e a influenciadora digital Deolane Bezerra.
De acordo com o programa, os policiais encontraram R$ 150 mil em um cofre na sede da Balada Eventos, empresa de shows de Gusttavo Lima em Goiânia.
Ainda de acordo com a reportagem, foram encontradas 18 notas fiscais da GSA Empreendimentos, também do cantor. Elas totalizariam mais de R$ 8 milhões.
Em nota enviada ao programa da Rede Globo, a defesa do cantor informando que o dinheiro no cofre era para pagamento de fornecedores.
Em relação às nota sequenciais, os valores foram declarados e os impostos, pagos.
A defesa afirma ainda que o contrato com a empresa tinha cláusula anticorrupção e foi suspenso.
Entenda o caso
Em 23 de setembro de 2024, Gusttavo Lima teve sua prisão preventiva decretada por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro oriundo de jogos ilegais.
Ele também é investigado de ter ajudado outros alvos da polícia, o dono de uma bet e sua mulher, a escaparem da Justiça durante viagem à Grécia, após a operação ser deflagrada.
Lima era o garoto-propaganda de outro site de apostas, a Vai de Bet.
A suspeita da polícia é de que a Balada Eventos, empresa de Lima, também fazia um esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais.
A investigação cita duas transferências de dinheiro, uma em abril (R$ 4,819 milhões) e outra em maio do ano passado (R$ 4,947 milhões).
Gusttavo também foi acusado de ocultar a propriedade de um avião, ao vender uma aeronave para José André da Rocha Neto, dono da Vai de Bet.
No dia seguinte, 24 de setembro, um desembargador revogou a ordem de prisão.
Também determinou o afastamento da suspensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo, bem como de eventual porte de arma de fogo, e demais medidas cautelares que haviam sido solicitadas contra o cantor.
Gusttavo Lima estava fora do País cumprindo compromissos profissionais na ocasião da ordem de prisão.
Ele retornou ao Brasil na quarta-feira (25), e, na sexta-feira (27), fez um show em Marabá, no Pará, em que fez um comentário ao público que soa como referência à situação.
“Faça o certo, o errado todo mundo já faz. Seja honesto. Quando o mundo ameaçar cair sobre o teu lado, a tua honestidade te salvará. Seja certo, seja justo, seja honesto, para que quando tudo parecer desmoronar, só tua honestidade te salvará. Obrigado a cada um de vocês pelo carinho e pela presença”, disse ele.