A Polícia Civil do Rio Grande do Sul cumpriu, na manhã desta quinta-feira (4), seis mandados de busca e apreensão como parte de uma investigação que apura o suposto abate irregular de cães na Secretaria de Bem-Estar Animal de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
As informações são do portal G1.
A investigação foi iniciada após denúncias, e levantamentos apontaram que o número de eutanásias no local estava acima do esperado. Foram cerca de 240 em 8 meses.
Uma das pessoas que é alvo da investigação estaria resgatando cães e usando os animais na internet para pedir doações via PIX – em seguida eles eram eutanasiados usando a estrutura da secretaria.
A polícia também investiga a possibilidade de lavagem de dinheiro.
A polícia não divulgou nomes, mas a reportagem da RBS TV apurou que a investigação se concentra no período em que protetora de animais Paula Lopes era secretária da pasta. Ela foi nomeada em janeiro de 2025 e exonerada do cargo em 18 de agosto de 2025 pela prefeitura.
Ela é suspeita de estelionato e maus-tratos a animais.
A polícia também investiga maus-tratos contra gatos na Secretaria de Bem-Estar Animal. Segundo a Polícia Civil, os felinos ficavam trancados em um contêiner de maneira irregular.
Pelas redes sociais, Paula disse que a polícia apreendeu seu telefone celular, razão pela qual está se manifestando pela internet. Ela alegou que as denúncias são reflexo do envolvimento dela com a política.
“O meu objetivo sempre vai ser ajudar os animais. Mas isso incomoda quem usa essa pauta. Quem me conhece (…) Eu aceitei esse desafio em janeiro deste ano e desde lá virou esse caos. Desde quando eu entrei. Os números estão aí e, assim que eu puder, eu vou divulgar para vocês as verdades”, disse.
Em nota, a Prefeitura de Canoas disse que “colabora com as investigações e abriu um expediente interno para apurar os fatos com todo o rigor” (leia a nota, na íntegra, abaixo).
Na sede da secretaria, em Canoas, a polícia encontrou cães e gatos mortos em sacos plásticos dentro de um freezer. A investigação apura o que aconteceu com os animais.
Outro alvo é a casa da suspeita, que fica na Zona Sul de Porto Alegre, onde foram encontrados R$ 100 mil em dinheiro.