O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta segunda-feira (5), um desdobramento do Atlas da Violência com informações sobre as taxas de homicídios nos municípios brasileiros.
O estudo analisou 310 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes em 2017 e fez um recorte regionalizado da violência no país.
O levantamento mostra que houve um crescimento das mortes nas regiões Norte e Nordeste influenciado, principalmente, pela guerra do narcotráfico, a rota do fluxo das drogas e o mercado ilícito de madeira e mogno nas zonas rurais.
O município mais violento do Brasil, com mais de 100 mil habitantes, é Maracanaú, no Ceará. Em segundo lugar está Altamira, no Pará, seguida de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Dos 20 mais violentos, 18 estão no Norte e Nordeste do país.
De acordo com o coordenador do estudo, o pesquisador Daniel Cerqueira, os municípios mais violentos têm 15 vezes mais homicídios relativamente que os menos violentos.
“Em termos proporcionais, a diferença entre os municípios mais e menos violentes corresponde à diferença entre taxas do Brasil e da Europa”, compara.
Segundo o Ipea, nos municípios mais violentos, o perfil socioeconômico é mais parecido com os países latino-americanos ou africanos: as pessoas, em geral, não têm acesso à educação, desenvolvimento infantil e mercado de trabalho.
As 10 cidades com maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes
- Maracanaú (CE) – 145,7
- Altamira (PA) – 133,7
- São Gonçalo do Amarante (RN) – 131,2
- Simões Filho (BA) – 119,9
- Queimados (RJ) – 115,6
- Alvorada (RS) – 112,6
- Marituba (PA) – 100,1
- Porto Seguro (BA) – 101,6
- Lauro de Freitas (BA) – 99,0
- Camaçari (BA) – 98,1
Fonte: Ipea
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