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Em novo golpe, estelionatários convencem idosas a tirar fotos e as obrigam a pagar pelo serviço

Polícia apreende objetos usados no golpe do “book fotográfico” em Porto Alegre | Foto Polícia Civil

Por: Gabriel Junior

31/10/2018 - 16:10 - Atualizada em: 31/10/2018 - 16:43

Nesta terça-feira (30), a Polícia Civil deflagrou a Operação 15×21, com o objetivo de combater o crime de estelionato praticado contra vítimas idosas no centro de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão no Centro Histórico da Capital. Durante as ações, foram apreendidos computadores, câmeras fotográficas, álbuns de fotografias, livros de contabilidade, materiais de estúdio, documentos, e diversos outros objetos.

Seis empresas fotográficas são suspeitas de aplicar o golpe popularmente conhecido como “book fotográfico” ou “golpe do brinde”, onde mulheres idosas são abordadas em via pública com a oferta de brindes, sendo posteriormente conduzidas a salas comerciais. Nos locais, as vítimas são maquiadas e fotografadas e, para deixarem o local, são coagidas a pagar valores exorbitantes por serviços de fotografia que não contrataram.

Ação dos estelionatários

Segundo a Delegada Larissa Fajardo, para enganarem as vítimas, os suspeitos utilizam um atrativo falso, brinde, e conversa amigável para atrair as vítimas aos estúdios fotográficos.

“Na etapa da cobrança, a abordagem, contudo, se torna mais ríspida. Na maioria das vezes, um homem efetua a cobrança, exigindo que a vítima mostre qualquer cartão de crédito (ou débito) que tenha consigo. Nessa linha, frisa-se que os valores debitados dos cartões sempre são maiores àqueles negociados com as vítimas. Em alguns casos houve, inclusive, pagamento em espécie, além dos montantes descontados dos cartões”, explicou a delegada.

Os fatos tiveram início em maio de 2017 e persistem até os dias atuais. Até o momento, 33 vítimas foram identificadas pela Polícia Civil. Elas tiveram um prejuízo financeiro de aproximadamente R$50 mil.  As vítimas têm o mesmo padrão: mulheres entre 60 e 70 anos, que apresentem alguma fragilidade. Uma das mulheres pagou R$ 4,5 mil pelo serviço – sendo que a maioria das vítimas sobrevive com um salário mínimo por mês.

Para dificultar a identificação dos envolvidos, os estúdios fotográficos mudavam constantemente de endereço e de identidade visual, seja redecorando o espaço físico, ou ainda, mudando a forma da grafia dos nomes fantasia em seus cartões de contato.

Os nomes das empresas suspeitas não foram divulgados pela polícia, que busca identificar os estelionatários.

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Gabriel Junior

Repórter de segurança pública e editor de conteúdos gerais