Comandante da 12ª Região de Polícia Militar, Reisdorfer é promovido a coronel

Foto: Cláudio Costa/OCP News

Por: Claudio Costa

25/11/2021 - 14:11 - Atualizada em: 25/11/2021 - 15:07

“Pra mim, é a promoção de uma vida e o reflexo de um carreira”, assim descreve Márcio Leandro Reisdorfer, comandante da 12ª RPM (Região de Polícia Militar) a promoção a coronel. Nesta quinta-feira (25), o oficial foi alçado ao posto mais alto da carreira.

Há 28 anos e oito meses atrás, Reisdorfer entrava na Academia de Polícia Militar da Trindade. Ele ingressou no Curso de Formação de Oficiais em 1993. Naquele ano, Santa Catarina tinha apenas 11 batalhões e chegar nesse posto da hierarquia da PM seria difícil.

 

 

 

“Então, nós imaginávamos que chegaríamos, no máximo, a capitão ou major no fim da carreira”, lembra Reisdorfer, ao destacar que o primeiro posto de comando foi no 8º Batalhão de Polícia Militar, em Joinville.

O oficial chegou em 1997 e serviu por 11 anos no batalhão ao qual, na época, pertencia a 3ª Companhia, responsável pelo policiamento ostensivo em Jaraguá do Sul, que deu origem ao 14º BPM em 2001.

Foto: Cláudio Costa/OCP News

Depois, em 2008, foi para a 2ª Companhia do BAPM (Batalhão de Aviação da Polícia Militar), em Joinville, onde foi comandante do helicóptero Águia 1.

“Eu sempre toquei a minha vida como tenente, capitão, major e não tinha expectativa de chegar a coronel da Polícia Militar. Quando eu cheguei ao posto de tenente-coronel, aí comecei a vislumbrar. Foi um pouco antes de eu vir para Jaraguá do Sul comandar o 14º Batalhão, em 2018. Até aí, eu pensei que iria para a reserva como tenente-coronel”, frisa, ao lembrar que na época foi convidado a comandar a 3ª Companhia do BAPM, em Balneário Camboriú.

Em 2018, Reisdorfer assumiu o 14º BPM, onde ficou dois anos e quatro meses. Nesse período implementou novas estratégias de policiamento e reduziu sistematicamente índices de criminalidade.

Foto: Cláudio Costa/OCP News

Neste ano, o tenente-coronel foi convidado a assumir interinamente a 12ª RPM após o coronel Amarildo de Assis Alves entrar na reserva remunerada da PM.

“Eu agradeço ao comandante-geral Dionei Tonet o voto de confiança e ter permitido que eu comandasse a 12ª RPM ainda como tenente-coronel. Isso abriu as portas e ainda no Curso Superior de Polícia Militar comecei a vislumbrar a patente de coronel. Isso foi da metade do ano para agora, porque depende das vagas. Na Polícia Militar de Santa Catarina, temos apenas 34 coronéis. Um coronel tem que ir para a reserva para abrir a vaga para um tenente-coronel ir a esse posto”, reflete.

Comandante operacional

O comandante da regional responsável por dois batalhões, o 14º e o 23º, resgata na memória o que mudou durante os mais de 28 anos de PM.

Da época de tenente para a atual posição como coronel, Reisdorfer revela que nunca perdeu o ímpeto de estar nas ruas e ser operacional, mas o tempo muda a cabeça do oficial.

“Por óbvio, a gente vai amadurecendo na carreira e sai do campo operacional para ter uma visão no campo estratégico. E é isso que eu espero como coronel, espero ter uma visão estratégica e que possa ajudar a corporação nesse sentido”, confidencia.

Reisdorfer reitera que o oficial é doutrinado na academia para exercer uma posição de liderança onde estiver. Desde o primeiro dia, o cadete é preparado para ser comandante em alguma função na Polícia Militar.

“Se você é tenente, é comandante de pelotão ou de uma seção. Se é capitão, é comandante de companhia. Ao longo do tempo, você é preparado para essas funções de chefia e comando. Um comandante não é nada sem uma tropa, os dois são parte da engrenagem que faz o serviço da Polícia Militar ser completo”, pondera.

O agora coronel entende que a Polícia Militar conversa com todos os setores da sociedade civil e necessita desse envolvimento para garantir a segurança da população.

Ao contrário do Exército em num campo de batalha, onde a tropa depende apenas dos recursos logísticos e bélicos, a Polícia Militar está inserida na comunidade e presta um serviço para a sociedade.

“Hoje, eu tenho preocupações que envolvem dois batalhões e muitas situações que interferem na vida do policial que está na rua passam pelas mãos do comando. Porém, o trabalho da Polícia Militar é um só. A divisão é interna e serve apenas fins de organização, mas a atividade de prover segurança para a população é uma só”, finaliza.

 

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