Uma prestação de contas do Pelotão da Solidariedade, em prol ao soldado da Polícia Militar, Jeferson Luiz Esmeraldino, de 33 anos, contando com oficiais da corporação e familiares, foi realizada na tarde desta segunda-feira na sede do 9º Batalhão/6ª Região, em Criciúma.
O policial, reformado por incapacidade física, foi alvejado por um tiro de fuzil no abdômen ao ser surpreendido por criminosos que sitiaram a cidade pra roubar a tesouraria regional do Banco do Brasil, na noite de 30 de novembro.
Ele ficou pouco mais de dois meses internado e agora se recupera em um espaço improvisado, na casa da mãe, em Tubarão, com a ajuda de familiares e de uma equipe de multiprofissionais da empresa SOS Home Care.
Encerrada com sucesso, a campanha de arrecadação financeira e de materiais de construções visando à criação de uma edícula para o tratamento do policial não somente foi encerrada com sucesso, como teve sua meta mais que dobrada.
Foram arrecadados mais de R$ 431 mil, de uma estimativa inicial de pouco mais de R$ 200 mil. A mobilização contou com a solidariedade de policiais e pessoas físicas (incluindo de todo o país), e pessoa jurídica, através da empresa Audax Construções.
Como a casa em que Esmeraldino está pertence a uma área de tráfico de drogas, com o montante arrecadado será possível construir um novo imóvel, em outro ponto da cidade, mais seguro, confortável e acessível às necessidades dele, explanou a mãe, Sandra Aparecida Nunes.
“Já nos olharam de cara feia, porque sabem que sou a mãe do policial. Já chegaram até a falar ‘que o tiro tinha que ter sido na cabeça’. Esse é o tipo de coisa que estamos passando. Ele cresceu nesse lugar e optou pelo caminho do bem, em ajudar as pessoas, mas alguns não. Então estamos passando por essa dificuldade, porque eles sabem que ali tem um policial ferido. A família tem medo constante em deixá-lo ali. Mas com a graça de Deus e do povo solidário, a gente conseguiu bater a meta e vai poder procurar até um outro imóvel para ele”, declarou.
Os familiares reforçaram que Esmeraldino está bem e que agora os esforços se concentram em melhorar a parte neurológica, ressaltando ainda toda assistência ofertada por parte do Estado e da PMSC.