Uma ação criminosa ocorrida na madrugada desta segunda-feira, no interior de São Paulo, vem chamando atenção pela semelhança com o mega-assalto ocorrido em Criciúma: o maior roubo da história de Santa Catarina.
Na noite de 30 de novembro e madrugada de 1º de dezembro do ano passado, ao menos 30 criminosos fortemente armados, inclusive com explosivos, e com carros blindados, sitiaram a cidade para roubar a tesouraria regional do Banco do Brasil.
Cercaram – a tiros – o batalhão da PM, bloquearam vias de acesso, efetuaram tiros à esmo, incendiaram veículos e fizeram reféns (cordão humano). Na ação, o cabo da Polícia Militar, Jeferson Luiz Esmeraldino, de 33 anos, ficou ferido e foi reformado por incapacidade física.
A ação na cidade paulista, em Araçatuba – também chamada como o “novo cangaço”, ou “domínio de cidade”, deixou três mortos, sendo dois moradores – um deles teria sido flagrado filmando a ação -, e um criminoso. Um ciclista teve os pés amputados ao passar pelo local e ser atingido por um explosivo. Outras três pessoas ficaram feridas. Dois reféns chegaram a ser colocados em cima de um carro em movimento.
Foram roubadas três agências bancárias: bancos, Safra, do Brasil e Caixa Econômica Federal. A quantia levada não foi divulgada. Os assaltantes chegaram a usar drones. Lá, houve confronto com a polícia.
Em relação ao roubo de Criciúma, 16 acusados já foram indiciados, sendo que um segue foragido. A investigação prossegue.
O delegado Anselmo Cruz, da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Santa Catarina, não descarta a possibilidade de que alguns integrantes sejam os mesmos envolvidos no crime em Criciúma.
“É possível. Faz cinco anos que esse tipo de crime ocorre no Brasil, com identificação de diferentes quadrilhas. A maneira é igual”, disse, não descartando que poderá ocorrer a troca de informações com a polícia paulista à medida do avanço das investigações.
Em abrir deste ano, a cidade de Mococa, também em São Paulo, vivenciou momentos de pânico em uma ação criminosa também bastante semelhante com a registrada em Criciúma.
Semelhanças
- De 20 a 30 criminosos envolvidos
- Sitiamento da cidade
- Bloqueio de acessos
- Veículos incendiados
- Ataques às instituições de segurança
- Tiros à esmo
- Armamento pesado
- Uso de explosivos
- Horário e duração das ações
- Agências bancárias como alvos
- Fuga inicial para zona rural (em Criciúma foram para Nova Veneza)